domingo, 11 de agosto de 2019

QUE VALOR TEM A CARTA DESSES JURISTAS ESTRANGEIROS?

Há uma euforia dos esquerdistas com algumas coisas que não resistiriam a algumas poucas perguntas de reles leigos mortais. Um exemplo é essa carta que está circulando com assinaturas de 17 juristas e ministros de 6 (e poderiam ser 20) nacionalidades dizendo que a condenação de Lula foi ilegal.

Em primeiro lugar, quantos ícones da esquerda brasileira já não fizeram discursos acalorados em defesa de nossa soberania quando a direita internacional criticou nosso país, dizendo que só aceitam essas críticas os que têm complexo de vira-latas? Ah... mas isto só vale para a direita dos países ditos "opressores" e "colonizadores", pois, quando os da esquerda "lúcida" desses países falam, mesmo que poucos, os vira-latas latem eufóricos e falam com toda a pompa: "Viram? São juristas e ex-ministros importantes de outros países!".

Compõem a lista: 1 belga, 1 espanhol, 2 mexicanos, 2 americanos, 3 franceses e 4 colombianos. Qual o motivo de tanta euforia? Imaginem quantos juristas importantes e de grande credibilidade devem existir nesses países. Vamos conferir a lista:

  • Bruce Ackerman, professor Sterling de direito e ciência política, Universidade Yale, EUA
  • John Ackerman, professor de direito e ciência política, Universidade Nacional Autônoma do México
  • Susan Rose-Ackerman, professora emérita Henry R. Luce de jurisprudência, Escola de direito da Universidade Yale, EUA
  • Alfredo Beltrán, ex-presidente da Corte Constitucional da Colômbia
  • William Bourdon, advogado inscrito na ordem de Paris, França
  • Pablo Cáceres, ex-presidente da Suprema Corte de Justiça da Colômbia
  • Alberto Costa, Advogado, ex-ministro da Justiça de Portugal
  • Herta Daubler-Gmelin, advogada, ex-ministra da Justiça da Alemanha
  • Luigi Ferrajoli, professor emérito de direito, Universidade Roma Três, Itália
  • Baltasar Garzón, advogado inscrito na ordem de Madri, Espanha
  • António Marinho e Pinto, advogado, antigo bastonário (presidente) da ordem dos advogados portugueses, Portugal
  • Christophe Marchand, advogado inscrito na ordem de Bruxelas, Bélgica
  • Jean-Pierre Mignard, advogado inscrito na ordem de Paris, França
  • Eduardo Montealegre, ex-presidente da Corte Constitucional da Colômbia
  • Philippe Texier, ex-juiz, Conselheiro honorário da Corte de Cassassão da França, ex-presidente do Conselho econômico e social das Nações Unidas, França
  • Diego Valadés, ex-juiz da Corte Suprema de Justiça do México, ex-procurador-Geral da República, México
  • Gustavo Zafra, ex-juiz ad hoc da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Colômbia

Vamos então às simples perguntas que mencionei no início:
  1. Como uma pessoa que se diz jurista pode afirmar que alguém de um outro país foi julgado e preso injustamente sem ter lido sequer uma página dos processos que o condenaram em todas as instâncias?

  2. Sem sequer ter lido a Constituição Federal e o Código de Processo penal daquele país? 

  3. Como juristas podem considerar material roubado, editado e não periciado como provas? 

  4. Leram o Art. 5, Inciso X e o Art. 220, §1º da nossa Constituição Federal sobre direito à privacidade e liberdade de imprensa?
Certamente não, o que me faz dizer, parafraseando Saulo Ramos em seu diálogo com o ministro Celso de Mello reproduzido em seu livro "Código da Vida"...

... os que assinaram essa carta são juízes de merda!