Pelo visto o Estadão também adotou o estilo Folha de interpretação. Não sou nenhum defensor de Bolsonaro e pela última vez (daqui pra frente só se me perguntarem) vou dizer que não votei nele, mas torço para que o governo dê certo porque moro no Brasil e não pretendo sair daqui. Sobre o Estadão, é ainda um dos poucos veículos sérios do Brasil.
Embora eu tenha algumas discordâncias em relação à forma ÚNICA de comunicação de Bolsonaro pelo Twitter dispensando um bom porta-voz (ao menos por enquanto), o texto do Estadão corrobora com a crítica de Bolsonaro. Vejamos:
"Em entrevista ao portal do Palácio do Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, disse que é preciso "divulgar tudo o máximo que puder" e "estar aberto para a imprensa". O discurso contraria o que tem sido dito pelo presidente Jair Bolsonaro, que constantemente acusa setores da mídia de inventarem mentiras." (Política - Estadão)
O discurso de Santos Cruz, não contraria o que foi dito por Bolsonaro pelo simples fato dele nunca ter dito que estaria sonegando informações para a imprensa ou controlando conteúdo de ninguém. Na verdade o Estadão UNIU por sua conta e risco três coisas distintas, mas que não se coadunam: 1) Não privilegiar veículos com verbas de publicidade; 2) Invenção de mentiras na mídia; 3) Opção de ele próprio comunicar-se com os eleitores.
Já dei a minha opinião sobre a necessidade de Bolsonaro estruturar sua área de comunicação, mas o Estadão dar a entender de que ele sonegará informações para a imprensa ou que não é a favor de "divulgar o máximo que puder" é inferência ou desonestidade intelectual.
Não vou me estender aqui sobre razões e nem citar matérias incompletas e não comprovadas de jornalistas como Patrícia Campos Mello e outros militantes da imprensa, mas a maioria dos problemas está em seus editores pouco cuidadosos (pra não dizer outra coisa), normalmente loucos para um furo jornalístico arrebatador.
Passar pessoalmente informações, não privilegiar veículos com verbas e comunicar-se diretamente no Twitter são PRERROGATIVAS do presidente. Todos os ministros têm falado sobre assuntos de suas áreas de responsabilidade com autonomia. A imprensa sempre terá informações.
O que está difícil é "alguns setores da mídia" não terem entendido até agora que o QUARTO PODER está se pulverizando, e que a qualidade editorial será cada vez mais exigida por seus consumidores.
E por seus anunciantes também.
Matéria:https://goo.gl/wGXRdX
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