Mas como eu disse no início, há dois grupos - a um terceiro, mas é pequenininho - que podem ser facilmente identificados:
GRUPO DA GRATIDÃO: É composto por ministros que sentem-se agradecidos pela indicação do pixuleco e da madama, pois, não fosse a recomendação devido a seus currículos de ativistas e de bons serviços prestados ao partido bolivariano, eles jamais chegariam aonde estão porque tem muita gente melhor, muito embora não tão "adequada" aos requisitos. O "agradecido" não disfarça nem um pouco para tomar suas decisões altamente questionáveis até por leigos, pois, considera-se protegido pelo cargo que ocupa e usa seu notório saber jurídico (menos a conduta ilibada) para substanciar suas argumentações em "jurisdicês arcaico", inacessível aos beócios cidadãos comuns que servem apenas para pagar seus altos salários e mordomias.
GRUPO DA VAIDADE: É composto por ministros que estão tendo ataques frenéticos, morrendo de ódio e ciúmes do juiz Sérgio Moro. Onde já se viu, dizem eles! Como pode um "juizinho federal" ganhar essa notoriedade toda? Que petulância desse desaforado que fica fazendo sua obrigação e cumprindo a lei! E nós, que temos o cargo que ele almeja para coroar sua carreira de magistrado, ficamos de mãos atadas, à mercê dos seus pedidos de prisão preventiva sem podermos negar, pois, além de serem juridicamente corretos, o país inteiro está nos vigiando. Vamos fatiar esses processos e tirar os holofotes desse metido!
Pois bem... é mais ou menos assim que boa parte da nossa grande Corte Suprema pensa e atua. Quando não restam mais argumentos nos capítulos e parágrafos das leis e da Constituição, esses dois grupos recorrem ao preâmbulo constitucional para fazerem seus discursos filosóficos, dignos de um Platão, Gandhi, Buda ou Cristo. Nesses momentos até os pássaros param de cantar para escutar suas ponderações humanistas, dignas dos monges e sábios tibetanos. Mas no final, os que comemoram mesmo são os diabos, os advogados dos criminosos e a OAB (desculpem tripla redundância)!
Se fui muito sarcástico neste texto, desculpem-me. Afinal, a gente tem que ser sarcástico e irônico no país mais corrupto dos universos conhecido e desconhecido. Somos imbatíveis não só na corrupção, mas também na impunidade, na falta de saúde, segurança e educação. País do povo-hiena, não menos corrupto que seus eleitos.
Mas nem tudo é frustração. Resta-nos o "orgulho" de sermos os únicos bons em tudo aquilo que é ruim.
No Brasil a natureza é pródiga, mas alguns filhos da pátria (FDPs), não.
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