É óbvio que a Constituição e as leis criminais impedem que um crime seja perdoado ou esquecido, mas existem mil mecanismos que podem ser criados pelo legislativo para abrandar penas de crimes políticos e ações de boicote a projetos que endureçam o combate à corrupção. Para agravar a situação, a última instância da justiça tem indisfarçável maioria a favor da impunidade sob o disfarce de seu incompreensível "jurisdiquês".
O momento atual de balbúrdia está propício para ações desses criminosos. Independentemente dessa confusão ter sido criada pela inépcia do presidente e de sua coordenação política, ela está sendo agravada propositadamente pelos que se beneficiarão do caos político para tentarem se safar dos crimes que cometeram. Encurralados, eles até aceitam - e até torcem - para que o Brasil se transforme numa outra Venezuela para saírem ilesos.
Com a justificativa de que "o que é certo é certo e o que é errado é errado" e deve ser criticado, as críticas ao governo Bolsonaro estão fugindo de controle e virando ataques sistemáticos e generalizados diante de qualquer sinal de insatisfação, por menor que seja ele. Com isso estamos perdendo completamente a noção de ponderação e nos unindo a esse lado podre da política, mandando pro espaço nossa ordem de valores construída ao longo dos escândalos de corrupção. Inconsciente e paradoxalmente, as pessoas de bem estão se unindo aos que sempre combateram e que, num total desespero, estão aceitando qualquer tipo de ajuda, inclusive daqueles que são e sempre foram ideologicamente contrários a eles.
E não será tirando ou elegendo uma nova rainha que resolveremos este NOSSO problema.
O primeiro ministro, quem verdadeiramente manda no país, os que o elegem são ELLES.
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