Bolsonaro definitivamente não é e nunca foi meu candidato e só não explico detalhadamente aqui para não atrair mensagens de ódio e em respeito a alguns amigos partidários, mas postarei uma reflexão.
Tortura nunca mais, certíssimo! Foi uma fase triste e infeliz do passado recente, assim como todas agressões praticadas no período do governo militar. Independentemente dos números de um lado e de outro, pois, afinal não se mede violência num razonete de débito e crédito, são fatos que pertencem ao passado, e hoje, mesmo sabendo que ainda há abusos em delegacias, nas ruas e nos redutos do crime organizado, temos uma Constituição que, mesmo imperfeita e muitas vezes capciosamente mal interpretada, prevê punição severa para esses tipos de crimes.
Na idade moderna, reis torturaram e mataram em nome da monarquia, a igreja e as religiões em nome de deus. Na contemporânea o nazismo dizimou milhões, o comunismo outros tantos. Aos poucos, nações e religiões (com algumas exceções) vêm se retratando e pedindo desculpas por esse passado tenebroso e falam sobre ele com vergonha e um certo desconforto.
No entanto, após 600 anos de massacres, em pleno século XXI, ainda vemos pessoas abraçadas em suas convicções apontando seus dedos uns para os outros, ignorando de forma seletiva as crueldades promovidas por suas ideologias e religiões.
Enquanto a ideia de violência justificada existir, enquanto as ideologias e religiões por meio de seus adeptos não reconhecerem publicamente os erros do passado e não se desvencilharem de suas convicções, continuaremos a ser o que sempre fomos: cegos, hipócritas e desumanos.
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