Vamos lá então:
- A favor dos poderes de investigação do CNJ
- Joaquim Barbosa
- Ayres Britto
- Rosa Weber
- Cármen Lúcia
- José Antonio Dias Toffoli
- Gilmar Mendes
- Contra os poderes de investigação do CNJ
Um dia antes, o presidente do STF, ministro Cezar Peluso havia dito que a maior prova de que o povo acredita na justiça brasileira eram os mais de 60 milhões de processos que correm. Essa afirmação sem pé nem cabeça é uma prova daquela falta de cognição de alguns togados à qual me referi no início. Oras bolas... o que tem a ver o umbigo com a camisa, pra lembrar um conhecido ditado popular sendo menos vulgar. Mal sabe sua excelência (ou sabe e omitiu) de que esse número de processos seria duas vezes maior se considerássemos as pessoas que desistem pela lerdeza da justiça e as que não têm dinheiro para contratar advogados que estejam à altura dos de seus poderosos carrascos. Fácil, ministro Peluso: ao invés de usar essa sua régua corporativa para medir a satisfação do povo, mande fazer uma pesquisa de opinião.
- Marco Aurélio Mello (Relator)
- Luiz Fux
- Ricardo Lewandowski
- Celso de Mello
- Cezar Peluso
Outra coisa dita por um desses arautos da sabedoria, é que não se pode transformar a justiça numa instituição desacreditada. Oras bolas outra vez... quem está tornando a justiça desacreditada é ela mesma ao decidir em favor de muitos poderosos e não necessariamente por meio de sentenças, mas também pela falta delas, provocando risco de prescrição de penas como no caso do mensalão.
Assim como o povo está acordando para os roubos do erário, acordaram agora também para a justiça. Que os excelentíssimos não esperem que saiamos às ruas para protestar contra o judiciário, pois, aí sim, será, não o golpe final, mas o início da reconstrução de um país hoje alicerçado sobre a lama da impunidade seletiva.
Será muito fácil um leigo saber se está ou não havendo justiça no país, acompanhando daqui pra frente os votos dos 11 ministros e compará-los às decisões que tomaram ontem. Em certos processos polêmicos e pontuais, confio mais na educação que nossos pais nos deram e no senso de justiça que desenvolvemos do que no tecnicismo sempre inquestionável dos não leigos.
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