sábado, 12 de novembro de 2011

A justiça é cega, mas a injustiça pode ser vista

Enquanto o Brasil estiver gerando números para cumprir determinações ou acordos internacionais, como este da UnCac, não estará provando nada sobre a justiça no país em relação à corrupção. Relatórios e estatísticas tupiniquins isoladas sem a população ser ouvida por meio de pesquisas HONESTAS elaboradas e aplicadas por entidades internacionais imparciais são frios e irreais. E não se delega esse tipo de pesquisa de opinião ao IBOPE ou autarquias (IBGE).


Essa estatística dizendo que "STF supera em 20% nº de julgamentos de corrupção de 2010" não refletem a realidade. As principais estatísticas deveriam considerar:
  1. Quantos POLÍTICOS IMPORTANTES ENVOLVIDOS foram julgados e punidos pelo STF?
  2. Quantas leis que inibem a presença de corruptos na política foram aprovadas?
E as que deveriam ser feitas para o povo num regime democrático seriam:
  1. Você está satisfeito com as penas dadas aos políticos envolvidos PUBLICAMENTE em escândalos?
  2. Você acha que a justiça brasileira é imparcial?
Como eu disse, para mim, esse relatório estatístico não significa ABSOLUTAMENTE NADA e trata-se apenas de ENGANAÇÃO. Não acredito mais na justiça brasileira e ela terá de TRABALHAR MUITO para conseguir melhorar a sua imagem perante o povo, embora eu não acredite que ela esteja muito preocupada com isso. Aprovar a Ficha Limpa (ou Ficha Suja) para 2012 seria apenas um pequeno e ínfimo passo INICIAL, mas pelo visto, mais uma vez ganharão os corruptos com a desculpa esfarrapada, etérea, subjetiva e tecnocrata da inconstitucionalidade.

Fora a indiferença da justiça, as corregedorias estão sendo tolhidas de corrigir os desvios do judiciário, ou seja, DEUSES não cometem erros e ninguém pode julgá-los. Só que esses mortais se esquecem da justiça divina. Esses deuses de mentirinha estão perdendo a grande chance de se notabilizarem e se tornarem reais em meio a este mar de lama que inunda o país da oligarquia política.

Como já escrevi há algum tempo aqui, "Se cair a ficha, que seja a do supremo"


Terra: "STF supera em 20% nº de julgamentos de corrupção de 2010"

"Nos primeiros oito meses deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou 108 processos (ações penais e recursos) relacionados a crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e improbidade administrativa. O número supera em 20% o total de julgamentos realizados pela Suprema Corte sobre essas matérias durante todo o ano de 2010 (88 no total). Os dados compõem levantamento divulgado nesta sexta-feira pelo STF e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).


Do total das ações julgadas pelo STF até agosto de 2011, 94 tratavam sobre improbidade administrativa, oito sobre crimes de corrupção e seis sobre lavagem de dinheiro. Nesse mesmo período, 129 processos desse tipo ingressaram na Corte, contra 178 propostos durante todo o ano passado. Nos oito primeiros meses deste ano, 99 ações dessa natureza transitaram em julgado no STF, não cabendo mais recurso para contestar a decisão. O número supera em cerca de 40% o total de processos concluídos em 2010 em relação aos mesmos temas (71 no total).


As informações serviram de subsídio para a apresentação feita pela delegação brasileira ao Grupo de Revisão da Implementação da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (Uncac), em agosto, durante reunião em Brasília.


Na ocasião, especialistas do México e do Haiti e peritos do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) avaliaram o Brasil com relação ao cumprimento das obrigações estabelecidas na Convenção e analisaram a legislação brasileira e os procedimentos adotados pelos órgãos.


Além das informações sobre o STF, o levantamento inclui dados sobre o julgamento e a tramitação de ações penais e recursos relativos aos crimes de colarinho branco, corrupção e lavagem de dinheiro nos Tribunais Estaduais, Federais e Superiores de todo o País."


Quem só vê números, acha que é verdade!

.o.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contra-argumente ou concorde, não importa. O importante é exercitar a nossa reflexão.