Talvez seja algo incomum homenagear os filhos no dia dos pais, mas muitas vezes nos perdemos diante do óbvio e algumas oportunidades de refletir. É a frase de Clarice Lispector de que "o óbvio é a verdade mais difícil de se enxergar."
Num relacionamento de amor verdadeiro, seja ele de amizade, amoroso ou familiar, o reconhecimento é uma via de duas mãos. Não existiria amizade sem amigo, amor sem amada(o) ou pais sem filhos. E todas as recíprocas são verdadeiras.
Se um dos dois estiver longe, o amor é energia que elimina distâncias. Não cabe sentimentos de culpa e muito menos de posse. Ninguém é de ninguém e no caso de pais e filhos, os pais são apenas os meios que possibilitam novas existências.
Para reencarnacionistas como eu, filhos representam oportunidade de vida para que almas evoluam, processo que está muito além da simples continuidade do sobrenome de uma família ou de uma casta. Sim... somos responsáveis também pelo impulso inicial, pelo que chamamos de base, mas devemos entender que nossos (?!) filhos são almas, carácteres e consciências independentes. Têm e necessitam de vivências e experiências diferentes das nossas.
O experimento de ser pai é único, insubstituível e transcende aos cromossomos da genética, transcende à hereditariedade e vai à essência do sentimento, diferente daquele amor de posse.
Obrigado, (meus) filhos!
(JCGuimarães)
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