Tudo na vida são escolhas. Não há certos ou errados quando as intenções são boas e agimos com consciência visando o bem comum. Não aquele "bem" pasteurizado da verdade única, do dualismo moral e sem nuances, onde o mal e os maus ficam de um lado e o bem e os bons do outro. Estou falando do bem e do mal intuídos, distinguidos por valores humanísticos milenares, sedimentados na liberdade, na fraternidade e no amor. São valores que adquirimos durante a vida e que jamais conseguiríamos relacioná-los todos numa lista porque foram se agregando aos poucos em nossa essência, tornando-se parte de nós.
Respeito os que decidem orar e meditar nesses momentos de crise política e social, direcionando energias para que as injustiças e os problemas sejam resolvidos ou minimizados. Toda ação direcionada para o bem estar da sociedade em que vivemos ou para a humanidade é digna de admiração e reconhecimento. Como eu disse no início, tudo na vida são escolhas e temos o direito de escolher.
No entanto, alguns não oram, não meditam e não protestam, mas criticam os que o fazem, ou porque acham que não adianta ou porque se escondem atrás da equivocada teoria da "não ação" para a "não reação", temendo energias contrárias ou aquisição de carmas, esquecendo-se de que a omissão também é uma ação que gera reação. Não adianta... estamos neste mundo para interagir, transformar e ser transformado. Em todo caso, não agir e criticar quem age também é uma escolha. Como eu disse no início, tudo na vida são escolhas.
Guardadas as devidas proporções, o que teria sido da Índia se Mahatma Gandhi tivesse se isolado numa caverna ou se Mandela não tivesse saído às ruas na África do Sul? E eu pergunto: existiriam pessoas no mundo contemporâneo tão pacifistas e espiritualizadas quanto eles? Ou será que eles estavam errados e nada teria mudado para melhor se eles não tivessem feito o que fizeram? E outros ainda poderão dizer: ah, mas eles foram avatares e suas missões espirituais eram essas! Oras... não seria uma visão muito limitada achar que vieram apenas para mudar e não para nos ensinar a mudar? Cristo veio para que? Para morrer numa cruz e nos fazer orar por ele para ele pelo resto de nossas vidas? Para que o mantivéssemos pregado na cruz, numa imagem de sofrimento, sangue e dor? Em nome de quais religiões e partidos políticos esses avatares agiram e transformaram o mundo? Em nome de qual ideologia?
De nenhuma. Eles agiram em nome da paz, da liberdade e do amor ao próximo. Eles vieram nos ensinar a mudar antes que as coisas cheguem numa condição insuportável. Nos ensinar que mudanças podem ser feitas por meio da não-violência, preferencialmente antes que a injustiça se instale para que haja menos sofrimento e dor. A paz e a liberdade são bens maiores e nada evolui sem esses bens.
Dia 12 de abril, nas orações e nas ruas seremos apenas um. Reivindicaremos pacificamente por um Brasil melhor e mais justo. Por um Brasil livre da corrupção, do ódio entre classes, do preconceito, dos partidos políticos e das ideologias mortas. Por um Brasil do retorno justo dos impostos para quem trabalha e os paga.
Dia 12 seremos um e sendo um, seremos mais.
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