Muito embora eu não seja do ramo e, portanto, esteja sujeito às críticas dos profissionais da psicologia/psicanálise, minha intenção não é ir a fundo, mas apenas "desbanalizar" a palavra ego, muito utilizada nos dias de hoje, seja como arma de defesa ou de ataque pessoal. A palavra ego é também é muito utilizada para medir a espiritualidade do indivíduo, basicamente avaliando seu nível de tolerância às contraposições pessoais (idéias e concepções) e desprendimento material.
Para que se possa entender melhor a palavra ego, é necessário posicioná-la corretamente entre os conceitos propostos por Freud em relação às distinções entre consciente e inconsciente, conforme o breve resumo abaixo:
- ID: Constitui o reservatório de energia psíquica, é onde se localizam as pulsões de vida e de morte. As características atribuídas ao sistema inconsciente. É regido pelo princípio do prazer (Psiquê que visa apenas o prazer do indivíduo).
- EGO: É o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as ordens do superego. A verdadeira personalidade, que decide se acata as decisões do Id ou do Superego.
- SUPEREGO: Origina-se com o complexo do Édipo, apartir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. (É algo além do ego que fica sempre te censurando e dizendo: Isso não está certo, não faça aquilo, não faça isso, ou seja, aquela que dói quando prejudicamos alguém, é o nosso "freio".)
Considerando as definições freudianas, o termo ego, diferentemente do que os generalistas sugerem, não pode ser utilizado em seu sentido literal como sinônimo de virtude ou defeito, pois, dependerá de parâmetros estabelecidos por conceitos morais individualmente aceitos ou rejeitados/reprimidos. Como na definição, o ego é um sistema que envolve avaliações.
Já na visão oriental, segundo Osho, ego nada mais é do que o reflexo do que pensam de nós, ou seja, a nossa vaidade resultante dos estímulos cumulativos de outras pessoas. O ego na visão oriental está mais relacionado à divisão "PERSONA" (máscaras) e "SELF (EU maior, essência ou divino) de Carl Jung. A integração harmônica entre os dois ele chama de individuação.
Este primeiro texto tenta apenas "desbanalizar" e separar as visões oriental da ocidental de ego para poderem entender os outros que escreverei a seguir envolvendo evolução e espiritualidade dentro de conceitos próprios, ou seja, na minha maneira de ver e entender.
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