O que eu digo não é um bom exemplo num país que se lê muito pouco, ou seja, cerca de 2,5 livros por ano dos quais 70% são livros didáticos (interessante essas estatísticas... meio livro significa parar na metade do terceiro?). Em países como os EUA, Suécia e Dinamarca são mais de 10 por ano (Fonte: Observatório da Imprensa)
Todos devem ler, pois, livros são tesouros que devem ser buscados, lidos, curtidos, sentidos, compreendidos e guardados para consulta; não para enfeitar as estantes como troféus em nossas bibliotecas pessoais. Mesmo porque a pessoa que compra um livro apenas para enfeitar pode ser surpreendida com perguntas e reflexões de alguém que o leu pra valer.
Acontece que chegará um momento que você poderá desejar parar de ler, e isso não terá relação com a sua idade e muito menos com a quantidade de livros que você leu. Sua cabeça dará um basta, não importando o que virá depois. Voltarei a ler? Sentimento de culpa? Nada disso... "Sou escravo da minha consciência" e não do que me dizem que é certo.
Parar de ler livros inteiros não significa se alienar do conhecimento e nem aderir ao ócio. É dar tempo e lugar para o processo natural de assimilação. Nossa busca é pela sabedoria e não pela intelectualidade das respostas "certas".
E esse é o meu "hoje", dedicado a fragmentos de pensamentos, sem me preocupar com aquele jargão dos intelectuais: "mas você não me entendeu porque não leu tudo". Não preciso e não quero entender tudo o que você quer que eu entenda. Quero só a sua essência. Ou, como escreveu Adélia Prado, "Não quero faca, nem queijo. Quero a fome."
Estou em processo digestivo. Minha fome hoje é de sabedoria. Chega de queijo! Por hora...
-o-
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