quarta-feira, 28 de outubro de 2020

ASSIM COMO HÁ "DIREITA" E DIREITA, HÁ "GENERAIS" E GENERAIS

Mais um general critica Bolsonaro e soma-se à lista dos que já o fizeram. A exemplo dos generais Villas Boas, Paulo Chagas, Gilberto Figueiredo, Luiz Rocha Paiva, Reinaldo Minati, Santos Cruz e outros, Rego Barros é mais um que se tornará comunista na visão dos bolsonaristas fanáticos. E o interessante é que todos esses generais críticos de Bolsonaro têm excelente histórico de carreira, seja na participação de missões ou em seus desempenhos nas escolas superiores de formação para o alto comando das Forças Armadas. 

Anotem aí: dentro em breve, o atual comandante do Exército, General Pujol - sucessor de Villas Boas -  também se unirá ao rol dos generais comunistas por agir com a independência que o cargo que ocupa exige e negar-se a lamber o coturno de Bolsonaro, como fazem os generais Heleno, Ramos e Pazuello.

Assim como já conseguiram separar patriota de brasileiro, "conservador" de conservador, "direita" de direita, "militar" de militar, os bolsominions agora estão separando "generais" de generais, alta patente galgada e alcançada, em tese, dentro dos mesmos rígidos princípios de ética e brasilidade.

Infelizmente, a mão no peito, o culto à bandeira, ao hino e a outros símbolos da "Pátria", conseguem amenizar os impropérios de um presidente de comportamento antagônico aos seus discursos e convencer alguns conservadores e liberalistas de fachada (aqueles que não se aprofundam no sentido das coisas), de que um pedaço de terra ornamentado por símbolos é mais importante do que os seres humanos que vivem sobre ela.

Em resumo, não sabem diferenciar país de nação.

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