Respeito (de verdade) meus amigos que têm a coragem de declarar seu voto, seja pra Dilma, Aécio, branco ou nulo. Quem me acompanha no Twitter sabe que eu nunca apoiei este ou aquele partido e nunca levantei bandeira de nenhum deles. Não foram poucas as vezes que malhei e cobrei respostas do PSDB (caso Arthur Virgílio, mensalão de Minas, Metrô, por ex), além do DEM (caso Demóstenes Torres) e outros. É só ler alguns textos que fiz no meu blog, no qual escrevo há 8 anos.
Há mais de 15 anos eu escolho pessoas políticas para votar, independentemente de partidos. Sou filiado ao PSB desde 1999 e não me desfiliei por negligência e disse de maneira bem clara que não votaria em Eduardo Campos porque sempre achei que sua candidatura visava dividir a oposição pra depois somar com Dilma, lá na frente, no segundo turno. Com a morte de Campos (amigo pessoal de Lula), também expliquei porque não votaria em Marina, pois, seu passado mostrava que tinha afinidades enormes com o PT e uma inconstância política também enorme, como no caso PV em 2010. Marina não agrega votos, exceto no início, mas depois tudo volta ao normal. Prova disso é que sua decisão pessoal de votar em Aécio (e as pesquisas mostraram isso) até tirou votos que já eram dele. Ela tem seu eleitorado cativo, os tais 20 milhões que não se transferem com a sua derrota ou desistência.
Eu me defini por votar em Aécio, mas isto não significa que ele seja o máximo e muito menos que sua administração salvará o Brasil. Salvar o Brasil hoje, pra mim, é tirar o PT do poder e o resto é lucro. Quem me conhece, sabe que colocar essa tarja "Aécio 45" no avatar do meu Facebook não foi uma decisão fácil, mas ela está declarando meu voto no segundo turno dessas eleições e não um apoio incondicional ao PSDB. Estou sim fazendo propaganda para ele, mas é uma propaganda consciente, muito embora eu não seja nenhuma personalidade pra angariar milhares de votos. Escolhi Aécio por considerá-lo melhor neste momento e porque adotará medidas econômicas que, embora mais conservadoras, vejo como única saída para o Brasil crescer, gerar empregos e reduzir essa farra do boi de roubos e assistencialismo indiscriminado (incluindo a pessoas e países "hermanos") que elevou a dívida interna brasileira de 400 bilhões em 2003 para 3,5 trilhões em 2014. Dívida esta que - não tem jeito - pagaremos com aumento de impostos, aumento da inflação, do desemprego além de perdermos mais ainda a credibilidade como nação. Qual exemplo de país com essa filosofia comuno-capitalista (?!) que vai bem hoje? A China que paga salários miseráveis, quase escravo, e que é um barril de pólvora pronto a explodir (já começaram a revolta... aguardem) ou Cuba, Argentina, Venezuela, Bolívia e Coréia do Norte?
Em 2015, caso Aécio ganhe, vocês me verão aqui com o mesmo espírito crítico de sempre, revoltando-me contra roubos e falcatruas independentemente da bandeira que carreguem. Não será um ano fácil, ganhe quem ganhar. Não sou profeta do caos, mas até uma criança pode prever as consequências desses 12 anos de absoluta irresponsabilidade com o dinheiro público, ou seja, nosso dinheiro. Pode-se matar a fome com fraternidade e dinheiro, mas não se acaba com a miséria fazendo aleluia, distribuindo o que é arrecadado sem critérios, apenas para se eleger.
Meu pensamento na POLÍTICA é pragmático mesmo. É prático e realista. Meus objetivos podem não estar certos mas eu os tenho bem definidos. Pra mim, uma ação na política só tem resultado quando oferece solução imediata para o problema. E o problema hoje, pra mim, chama-se PT e assalto aos cofres públicos como nunca se viu "na história deste paiz".
Quanto aos meus amigos, retorno agora a eles. Respeito a opinião de todos. Sempre debati, debato e debaterei alegremente com os meus argumentos, sem levar nada para o lado pessoal ou tentar desconstruí-los como pessoas. Com debates civilizados, todos crescemos. Estamos no mesmo barco e sustentar opiniões por questões de ego e sem fundamentá-las é coisa de gente teimosa, coisa de torcedor de futebol. Ou será que depois das eleições o Brasil se dividirá em dois, com empregos, impostos, inflação, educação, saúde e segurança diferentes? Bradilma e Braécio?
Queiram ou não, estamos e estaremos juntos, na alegria e na tristeza; na saúde e na doença.
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