Prisioneira da mente,
retira seu alimento
com suas mãos pequenas
por entre as grades
da cela imaginária
que nasceu do medo.
O Sol renasce;
a Lua faseia;
a Terra gira;
estrelas nascem,
brilham e morrem,
mas seu olhar permanece
nas suas mãos vazias.
O carcereiro se alimenta
da sua fome, e sem piedade
lhe dá as chaves sorrindo
na certeza da volta
de sua curta caminhada
pelas calçadas vazias de esperanças
que margeiam ruas de velhos receios.
O Sol não nasceu,
a Lua é nova
e só estrelas não iluminam.
A prisão é mais segura
com a vida lá fora
atrás das grades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Contra-argumente ou concorde, não importa. O importante é exercitar a nossa reflexão.