A verdade é que estamos sempre entre nossos sonhos e nossas reflexões; entre decisões e indecisões. Viver é sonhar; viver é tentar; viver é buscar; viver é alcançar; viver é desistir; viver é perder. Viver também é refletir, poetar, prosear e filosofar:
- "Não abandones as tuas ilusões. Sem elas podes continuar a existir, mas deixas de viver." (Mark Twain)
- "Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos." (Fernando Pessoa)
- "Ser rico é saber contentar-se com o que se tem" (Lao-Tsé)
A diferença entre sonho e ilusão está na linha do tempo. O sonho - realizado ou não - nunca deixa de ser sonho e a ilusão só pode ser definida após a frustração desse sonho. Portanto, não é certo dizer "isso que você quer é pura ilusão" porque nossos limites são estabelecidos pela intensidade dos nossos próprios desejos. E essa intensidade, por sua vez, é definida pela nossa ordem de valores. Daí a dificuldade de empatia e, consequentemente, de tentarmos estabelecer limites para outras pessoas. Antes de aconselhar sobre os limites dos sonhos de alguém, lembre-se do que escreveu Fernando Pessoa:
"Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso."
Sonhe e acorde; abstraia-se e volte a sonhar.
Pois, "somos do mesmo tecido de que são feitos os sonhos" (Shakespeare)
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