segunda-feira, 25 de abril de 2011

Os ladrões enrustidos e os otários assumidos

Nem tudo está perdido. Podemos notar que ainda existem pessoas que se sensibilizam com cenas que mostram os extremos da desigualdade social no Brasil e no mundo. Não vou aqui explorar emoções de ninguém descrevendo fatos específicos sobre saúde e segurança públicas, pois, o humanismo consciente não precisa de choques emocionais para perceber injustiças. Já basta a imprensa sensacionalista fazendo este papel de arauto da desgraça humana.

Mas e na política? Ainda existem seres humanizados?

Da mesma forma como um certo louco nazista se emocionava com a "Cavalgada das Valquírias" de Wagner e apreciava as artes, guardadas as devidas proporções, já vimos também alguns políticos subindo à tribuna fazendo discursos emocionados contra as injustiças sociais e, mais adiante, participando de falcatruas e se envolvendo em roubos do erário. Como será que funciona a emoção desses políticos e a dos eleitores que os defendem fanaticamente, mesmo após verem flagrantes em fotos, gravações e vídeos comprovando atos ilícitos?

No caso de Adolf Hitler, ele era um psicótico, possuia grande astúcia estratégica e poder de arguição, mas será que todos os políticos e eleitores que se alternam nesse dualismo de emoções e insensibilidades são psicóticos? Quantos hitlers potenciais será que existem no Brasil?

Vamos supor que existam três facções político-criminosas que classifiquem esses insensíveis ladrões. Uma dos que privilegiam o enriquecimento pessoal, outra, a dos que roubam para causas ideológicas (partidárias) e uma terceira que acolhe os que fazem as duas coisas.

A da riqueza pessoal é a facção mais sórdida porque seus integrantes não podem nem ser chamados de Robin Hoods. Aliás, são Robins às avessas porque roubam do que iria para os pobres (saúde, merenda escolar, previdência etc) para enriquecer eles mesmos.

A da riqueza ideológica é a facção dos que roubam para enriquecer o partido com a desculpa esfarrapada e anti-democrática de que precisam permanecer no poder porque só eles são capazes de promover a justiça social.

Os políticos que fazem parte das duas, além de ladrões são fracos e covardes, pois, precisam dar desculpas para si próprios e se convencerem de que são inocentes porque roubam para o partido que está beneficiando o povo. Mas como ninguém é eterno na política, cobram uma "taxinha" de risco para garantir sua aposentadoria.

E os eleitores que presenciam esses roubos e, mesmo assim, continuam firmes defendendo seus políticos e partidos?

Bem... esses fazem parte de uma quarta facção. A facção dos burros-coniventes porque não ganham porcaria nenhuma dessa grana roubada, pertencem ao time dos roubados em seus impostos e ainda saem por aí defendendo esses ladrões, arrebanhando adeptos, sorrindo e gritando com bandeiras nas mãos.

São os otários-úteis, conquistados e ridicularizados discretamente no meio podre dessas três facções políticas!



Um comentário:

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