Como sou humanista e pacifista convicto, acho a frase infeliz no aspetco de sua CONCRETIZAÇÃO. Seria melhor e mais fraterno escolhermos o desarmamento de todos os povos. Mas a frase nos leva a perguntar: Se a Líbia tivesse bomba atômica, a ONU teria proposto a intervenção militar? Mesmo havendo outros interesses como petróleo, democracia e liberdade entre outros?
Pelas polêmicas e parciais decisões já tomadas pela ONU/OTAN, se a Líbia tivesse a bomba, certamente a intervenção militar não estaria entre as resoluções que foram tomadas. Por que a falta de liberdade de expressão na China é tratada com tanta tolerância pela ONU e pelas "corajosas" tropas da OTAN? Seria por causa de seu exército com milhões de soldados? Porque aceitou a entrada do capitalismo? Óbvio que não... é medo de seu potencial bélico e atômico.
É lógico que não sou a favor (e ninguém é) de deixar aquele louco do Mouammar Kadhafi praticar genocídio, mas, por outro lado, um país só se reergue com a força moral de seu povo. Se a luta e a vitória não se realizarem no seio da própria sociedade, ou seja, se o desejo de liberdade e escolha daquele povo diluir-se no sentimento de domínio e desrespeito à sua soberania, a situação poderá tornar-se pior do que estava antes, sob o efeito da ditadura de Kadhafi.
A ONU nasceu do sentimento humanista pós-guerra (1945), com a finalidade de deter as guerras e favorecer o diálogo entre os povos, mas transformou-se num instrumento de pressão para manter o domínio político e econômico de alguns. Nem caberia aqui ficar citando exemplos como o do Iraque e do Haiti, ou pior... fazendo discursos ideológicos antiamericanistas. A ONU perdeu sua autoridade moral e hoje não passa de um clubinho de poderosos com carteirinhas VIP.
Quem garante que a intervenção militar invasiva poupará mais vidas e promoverá mais estabilidade do que a luta interna e natural pela liberdade?
-o-
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