O filósofo Arthur Schopenhauer em "Aforismos para a Sabedoria de Vida", faz uma reflexão sobre a crítica e a autocrítica, comparando o crítico com um cão que late na frente do espelho, sem entender que aquilo que vê é um reflexo da sua própria imagem.
Por outro lado, quase que inconscientemente, quem critica trabalha para sua própria melhoria, submetendo secretamente suas próprias omissões e ações aos parâmetros da sua consciência, embora motivado pela observação do comportamento alheio.
Este processo de crítica e autocrítica, mesmo não sendo público, é a base evolutiva do ser humano. Latindo para a imagem do espelho, essa variação pensante de cão acaba guardando suas incoerências num determinado cantinho do inconsciente e, mais cedo ou mais tarde, as encontrará nas faxinas dos porões da alma.
Tarde demais?
Não! Só se faz faxina no momento certo. Depende da tolerância de cada um à poeira acumulada com o tempo.
Legal! Melhor mesmo é remexer um pouco da poeira todos os dias. Assim como se faz na casa, nos cabelos, no carro. Quem sabe assim o cão tenha mais tolerância. Um pouquinho de paciência funciona. Afinal remexer em entulho acaba deixando os cantinhos mais iluminados dá uma satisfação danada. Força pra todos nós!
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