sábado, 28 de maio de 2022

Poucos, insuficientes ou covardes?



Os absurdos são tão grandes, seja na OAB, no STF ou no Ministério Público liderado por Aras, que deixariam Rui Barbosa e Afonso Arinos com vergonha de serem brasileiros e pertencerem à classe. Em situações muito menos dramáticas que as do nosso país nos dias atuais, esses juristas pronunciaram discursos históricos considerados até hoje referências no estudo do Direito.

Só a coragem de cidadãos como eles poderia enfrentar e vencer a audácia dos bandidos políticos e de seus defensores nos dias de hoje, mas apesar do país contar com mais de um milhão de aprovados nos exames da OAB - fora os bacharéis que não exercem a profissão - não há nenhum grupo organizado de indignados em número suficiente para enfrentar esses seus colegas que desmoralizam a categoria.

Em qualquer país razoavelmente democrático, já haveria, não apenas um, mas um sem número de juristas revoltados com essa situação não só de profunda injustiça como vexatória internacionalmente. Enquanto esses cidadãos de bem não reagem, os ratos da corrupção e seus defensores imorais sobem e sapateiam sobre os corpos dos milhões de brasileiros mortos nos corredores do SUS, nas mesas dos miseráveis e famintos e até dos injustiçados esquecidos nos presídios.

Enquanto esses medrosos e indiferentes cultuam seus espíritos de corpo ou se escondem sob o manto da covardia, juízes são condenados, bandidos são ressarcidos do fruto de seus roubos e os marginais dos três poderes, unidos no crime, enriquecem ilicitamente às custas do suor do nosso trabalho e dos extorsivos impostos que pagamos.
No entanto, ainda acreditamos na vitória desses poucos que acreditam na verdadeira justiça. Como escreveu o filósofo André Gide, “Acredito na virtude dos pequenos números, o mundo será salvo por um punhado de homens.”


ESTE É O SÍMBOLO DA DESFAÇATEZ DO ATUAL DIREITO



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