domingo, 28 de abril de 2013

O Fantasma da Ópera



Roteiro baseado no romance do francês Gaston Leroux e foi escrito por Elliott Clawson, com auxílio de James Spearing, Robert Schrock e Bernard McConville.

Escutando hoje a rádio Radio UCI Cinemas (aliás, boa pedida - informações no final deste texto*) Assisti no Teatro Abril a versão em português da ópera. Boas recordações! Erik fez de Christine uma estrela, mas em troca ela teria de oferecer-lhe todo seu amor. Frase de um dos diálogos que calou mais fundo: "Você estará a salvo, enquanto não tocar em minha máscara!"

A Trama

A história se passa na Casa da Ópera de Paris, recentemente comprada pelos senhores Richard e Moncharmin. Tão logo efetuam a compra, eles são alertados sobre a lenda de um fantasma, que habita o camarim número cinco. A princípio, os novos compradores riem muito sobre tal história; mas, assim que visitam o referido aposento, descobrem que realmente há algo de sinistro por trás de tal boato... Joseph Buquet, o único funcionário do teatro que realmente teria visto o fantasma, os alerta: ele realmente existe - e é um homem que não tem face, nem nariz...

Ao mesmo tempo, começam a surgir problemas com relação à ópera que está sendo apresentada, Fausto. A "prima donna" da casa, Carlotta, começa a receber cartas ameaçadoras que a obrigam a ceder seu papel principal à uma jovem cantora da casa, Christine Daae.

Ela jura ignorar tais cartas, mas, misteriosamente, cai doente no dia da apresentação. Christine entra então em cena para representar Marguerite e é um sucesso estrondoso de público. Quando retorna a seu camarim, uma voz angelical lhe fala através da parede; ele, seu mestre, fez dela uma estrela, dando-lhe fama e sucesso, mas ela, em troca, está condenada a oferecer a ele - e somente a ele - todo o seu amor.

As Personagens

Mas quem é esse misterioso fantasma que vive na Ópera de Paris?
Mesmo sobre sua identidade há dúvidas. Para alguns, ele é Erik - o sobrevivente de um desastre que atingiu a Casa de Ópera no passado; um louco, músico autodidata, e, segundo se conta, mestre em magia negra. Para outros, ele é um misterioso Persa visto na casa, sobre quem pouco se sabe, exceto que parece conhecer demais sobre os feitos do Fantasma.

O Fantasma é apaixonado por Christine Daae, uma jovem cantora de ópera da Casa de Paris, que sonha em conseguir fama e sucesso. Sendo um exímio conhecedor da Casa de Ópera, onde ele mesmo vive, oferece-lhe a oportunidade de ajudá-la atingir essa meta, destruindo a carreira da prima donna, Carlotta.
Entretanto, para isso, ela precisa obedecer a um pacto: o de amá-lo - e somente a ele. Christine aceita esse trato - "Venha me buscar, Mestre! Estarei sempre pronta!" - mas o faz sem saber que a face de seu amado é horrivelmente desfigurada. Ele, por sua vez, jura que a matará se ela se atrever a tocar em sua máscara - o que ela, inevitavelmente, faz.

Christine tem um noivo, Raoul de Chagny. Este, ao ouvir sobre o trato feito por sua amada com o misterioso Mestre, decide desvendar sua identidade e caçá-lo - mesmo sendo ele o temido Fantasma da Ópera.

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Radio UCI Cinemas:
Para escutar a rádio em smartphones (wireless ou conexão direta é essencial), baixe o aplicativo "A Radio Online" para Android via Google Play (clique aqui). É excelente, com milhares de estações do mundo inteiro e um sistema de busca por palavras-chaves muito eficiente. Para escutar no seu computador, entre na página da MusicGoal, clique no botão "Play" animado que aparece (clique aqui) e quando baixar o arquivo "m3u", clique nele e abrirá automaticamente seu player padrão do Windows. Divirta-se!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Boicote à felicidade

Há uma frase de Tolstoi que diz: "Se quiser ser feliz, seja!" A frase é simples, mas sabemos que na prática as coisas não são tão simples assim. O que Tolstoi sugere é que existem pessoas que passam a vida inteira desejando a felicidade, mas ficam perto do desejo e longe da ação. Sabemos que não existe felicidade plena, mas podemos ampliar nossos momentos de felicidade simplesmente não boicotando (consciente ou inconscientemente) as oportunidades que aparecem. E você me perguntaria: mas como terei certeza se o que aparecer será mesmo uma boa oportunidade?

O processo de identificação de uma oportunidade não é tão difícil. Difícil mesmo é ter a coragem de nos aproximarmos dela para olhá-la um pouco mais de perto e, se for o caso, abraçá-la. No entanto, são tantas as causas que fazem com que não tenhamos coragem que é difícil enumerá-las. São experiências passadas, mágoas, indecisão compulsiva e uma série de outras, mas há uma especialmente complexa: a do boicote inconsciente. Estranho este termo, não? Qual ser humano "normal" (entre aspas) poderia desejar, mesmo que inconscientemente, a infelicidade em detrimento da felicidade?

Na verdade essas pessoas não desejam a infelicidade, mas rejeitam a oportunidade de serem felizes quando esta vai privá-las de um outro bem ou prazer maior, mesmo que mórbido ou qualquer outro patológico. Como este prazer foge das convenções filosóficas ou sociais que definem felicidade, as pessoas o escondem dos outros e de si mesmas, mas mantém inconscientemente o desejo de senti-lo e o medo de perdê-lo. Desta forma, cada chance de felicidade é rejeitada, pois, é muito mais fácil ser exigente com aquilo que ameaça um prazer maior e que já existe (mesmo patológico e inconsciente) do que com um prazer ainda desejado (mesmo que conscientemente desejado).

Por se tratar de um boicote inconsciente, estas pessoas jamais admitirão tal fato, alegando defeitos e incompatibilidades, intensificando tanto suas justificativas ao ponto de desqualificarem a oportunidade e tudo aquilo que estiver ligado a ela. E quando questionada, dirá que encontrou outra oportunidade muito melhor de ser feliz. Isto porque nesta outra, poderá manter oculto seu principal prazer.

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quarta-feira, 24 de abril de 2013

O Karma e o folclore ocidental em torno dele

Há uma imensa confusão no ocidente sobre o verdadeiro significado de karma (karmam). Isto acontece porque algumas religiões o interpretam de forma diferente, adequando o termo às suas doutrinas e filosofias. Embora seja um assunto extremamente complexo e que não domino integralmente, as duas principais confusões dos ocidentais são as de imaginar o karma como uma cruz que deve ser carregada até o fim da vida e que há determinismo nos acontecimentos que o envolvem. No entanto, o karma é negligenciável, mas há de se ter consciência de que essa negligência apenas posterga sua extinção e não nos livra dos padrões de repetição que nos acompanham a vida toda, padrões estes gerados pela força natural e inconsciente de eliminá-lo. Esta força também se integra à lei da ação e reação, portanto, embora inconsciente, promove fatos repetitivos (padrões) tentando nos "lembrar" de sua existência.

O Budismo ensina que Kamma ou Karma significa "ação" e mostra a importância de desenvolvermos atitudes e intenções corretas em nossas vidas. Enquanto tivermos karma estaremos presos à Roda de Samsara (fluxo incessante de renascimentos). Portanto, a principal meta do budismo é a de extinguir o karma.

Para se ter uma ideia da complexidade do tema "Karma" e sua relação com a natureza, os budistas descrevem cinco categorias de "niyama" como fatores de influência:
  1. Utuniyama: a lei da natureza que diz respeito aos objetos físicos e mudanças no ambiente natural, tais como o clima, a forma como as flores desabrocham durante o dia e se fecham à noite, a forma como o solo, água e nutrientes ajudam uma árvore a crescer e a forma como as coisas se desintegram e se decompõem. Esta perspectiva enfatiza as mudanças ocasionadas pelo calor ou temperatura.
  2. Bijaniyama: a lei da natureza que diz respeito à hereditariedade que é melhor descrita com o ditado popular, “como a semente, assim a fruta.”
  3. Cittaniyama: a lei da natureza que diz respeito aos processos mentais, o processo de reconhecimento dos objetos dos sentidos e as reações mentais associadas a eles.
  4. Kammaniyama: a lei da natureza que diz respeito ao comportamento humano, o processo de geração das ações e os seus resultados. Em essência, isto é resumido nas palavras, “Boas ações trazem bons resultados, más ações trazem maus resultados.”
  5. Dhammaniyama: a lei da natureza que governa a relação e interdependência de todas as coisas: a forma como as coisas surgem, existem e depois cessam. Todas os fenômenos estão sujeitos à mudança, estão num estado de aflição e são não-eu: essa é a Lei.
Todos estamos interligados energeticamente, seja por relacionamentos amorosos, de amizade ou inimizade atuais ou já existentes, nesta ou em outras vidas. Não existe forma de decretar o término de sentimentos, sejam eles de amor, consideração, ódio ou mágoa que envolva apenas um dos lados. É por este motivo que não há como também decretar o fim do karma pelo simples desejo de não enfrentar problemas gerados por esses padrões, pois, a dificuldade, segundo a excelente definição da amiga Isabel Romanello, " é o esmeril que modela a alma." Portanto, uma das várias engrenagens que movimentam a Roda de Samsara.




terça-feira, 23 de abril de 2013

Sabemos de que nada sabemos ou apenas gostamos da frase?

Às vezes somos surpreendidos por pessoas - e às vezes por nós mesmos - que se dizem entendidas nos assuntos que envolvem a espiritualidade e a vida, como se pudessem ser representadas por um conjunto de pequenas e únicas verdades. Assim como a vida, a espiritualidade é intangível, portanto, inexplicável enquanto abordada sob pontos de vista ternários. Nem os grandes mestres iluminados como Budha e Jesus arriscavam discursos deterministas e esgotáveis, cientes que eram dos desdobramentos resultantes da inalienável prática do livre arbítrio ou direito de escolha de cada um. Sugeriam e aconselhavam-nos a buscar nossas próprias verdades, mas mantinham-se coesos com a ética universal. Victor Hugo e Gandhi, respectivamente escreveram: "A verdade é como o Sol. Permite-nos ver tudo, mas não deixa que a olhemos" e "Nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos." Quanto mais vivemos e quanto velhos ficamos, o aprendizado - seja da vida terrena ou espiritual - nos leva irremediavelmente à famosa frase de Sócrates: "SÓ SEI QUE NADA SEI"

Alguns sensitivos que não conseguem ir além do astral, ou seja, permanecem dentro de um campo que, embora mais sutil, ainda mantém forte influência do ego (num sentido não pejorativo), muitas vezes se empolgam com o que sentem ou veem ao ponto de tentarem construir verdades únicas baseadas em suas experiências pessoais. Pior ainda é quando o fazem por meio do conhecimento cognitivo, lendo livros e fazendo cursos.

Infelizmente o fenomenismo nos empolga e nos faz sentir fortes, isto porque somos tentados a acreditar - até pelo poder que a magia ou o inexplicável exerce sobre nós desde a infância - que tudo aquilo que vem do "além" é dotado de uma força que tem até o poder de transformar mentiras em verdades. Na transparência da Quarta Dimensão (Mental), sem fenomenismos e sem a influência do ego, pode-se perceber mais claramente que tudo está certo, nada é finito e tudo é possível. Pode-se perceber que há tendências, mas sem determinismos.

Um dos maiores motivos do sucesso de filmes como Harry Potter e O Senhor dos Anéis reside nessa busca pelo mágico e pelo fenomênico de todos nós. Com a possibilidade de usar forças que não seriam comuns aos mortais, esses filmes nada mais são do que espelhos nos quais vemos nos personagens os reflexos da nossa alegria da vitória do bem sobre o mal, de podermos resolver uma infinidade de problemas do cotidiano ou dar sentido às nossas vidas.

Portanto, ajude, mas não resolva; solidarize-se, mas não julgue; tenha compaixão apenas aceitando o direito que cada um tem de buscar, mesmo sofrendo, aquilo que ele chama de felicidade.

"Outras pessoas, assim como eu, buscam a felicidade, não o sofrimento e, mesmo sendo inimigos, têm o direito de superar esse sofrimento. A partir da compreensão de que eles têm esse direito, desenvolve-se um sentimento de inquietação que é a verdadeira compaixão." (DalaiLama)


Intelectualidade


Intelectuais! É o título que muitos têm, inclusive do mundo artístico, seja por autodenominação ou concedido pelas sociedades. Eu particularmente não gosto desse termo porque nos transmite uma certa arrogância e superioridade. Além do mais o termo vem do Latim "Intellectus" que a princípio nos induz a crer que a inteligência é fator determinante na condução e na resolução de problemas, inteligência esta adquirida ao longo da vida por meio de estudos e entendimento das explicações (inteligência é a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, abstrair ideias, compreender ideias, linguagens e aprender).

No entanto, de que vale a intelectualidade sem a inteligência emocional? Você aceitaria uma ordem de valores construída por reconhecidos intelectuais, porém, desprovidos da capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros? Pessoas que se destacam por terem adquirido mais conhecimento ou por possuírem maior capacidade cognitiva estão automaticamente credenciadas para decidir sobre os destinos da humanidade? Como se enquadraria Hitler, por exemplo, que se emocionava com a Cavalgada das Walkírias de Wagner, tinha uma inteligência superior e paradoxalmente era insensível  às milhões de mortes - inclusive as comandava - nos campos de concentração?

Albert Einstein tinha uma inteligência excepcional, mas era um humanista convicto e até certo ponto ingênuo por acreditar que a essas qualidades eram indissociáveis em todas as pessoas inteligentes como ele. Nesta carta para Sigmund Freud que transcrevo é visível esta sua ingenuidade, acreditaando ser possível unir intelectuais do meio literário, filosófico e científico para exercerem influência sobre países, reduzindo a ganância e os interesses políticos em benefício da humanidade. Einstein era um idealista.

Será que isto seria possível? Eu particularmente não acredito. Os preços de hoje estão muito altos, mas o poder financeiro está nas mãos de poucos. E dentro desse triste cenário, sempre encontraremos alguém disposto a pagar e muitos dispostos a ceder.

Cadê os intelectuais brasileiros que saíam às ruas gritando contra a ditadura e a mordaça nos anos 70? Como eu disse, certamente sempre encontraremos alguém disposto a pagar e muitos dispostos a ceder.


CARTA DE EINSTEIN A SIGMUND FREUD
(extraída do livro Como Vejo o Mundo)

"Muito caro Senhor Freud,"

"Sempre admirei sua paixão para descobrir a verdade. Ela o arrebata acima de tudo. O senhor explica com irresistível clareza o quanto na alma humana os instintos de luta e de aniquilamento estão estreitamente relacionados com os instintos do amor e da afirmação da vida. Ao mesmo tempo, suas exposições rigorosas revelam o desejo profundo e o nobre ideal do homem que quer se libertar completamente da guerra. Por esta profunda paixão se reconhecem todos aqueles que, superando seu tempo e sua nação, foram julgados mestres, espirituais ou morais. Descobrimos o mesmo ideal em Jesus Cristo, em Goethe ou em Kant! Não é bastante significativo ver que estes homens foram reconhecidos universalmente como mestres apesar de terem fracassado em sua vontade de estruturar as relações humanas?"

"Estou persuadido de que os homens excepcionais que ocupam a posição de mestres graças a seus trabalhos (mesmo em círculo bem restrito) participam deste mesmo nobre ideal. Não têm grande influência sobre o mundo político. Em compensação, a sorte das nações depende, ao que parece, inevitavelmente de homens políticos, sem nenhum escrúpulo e sem qualquer senso de responsabilidade. Tais chefes e governos políticos obtêm seu cargo seja pela violência seja por eleições populares. Não podem se apresentar como representantes da parte intelectual e moralmente superior das nações. Quanto à elite intelectual, não exerce influência alguma sobre o destino dos povos. Dispersa demais, não pode nem trabalhar, nem colaborar quando se trata de resolver um problema urgente."

"Sendo assim, não pensa o senhor que uma associação livre de personalidades — garantindo suas capacidades e a sinceridade da vontade por suas ações e criações anteriores — não poderia propor realmente um programa novo? Uma comunidade de estrutura internacional, na qual os membros se obrigariam a ficar em contacto por permanente intercâmbio de suas opiniões, poderia tomar posição na imprensa, mas sempre sob a responsabilidade estrita dos signatários, e exercer influência significativa e moralmente sadia na resolução de um problema político. Evidentemente, tal comunidade se veria a braços com os mesmos inconvenientes que, nas academias de ciência, provocam tantas vezes pesados malogros. São os riscos inerentes, indissoluvelmente ligados à fraqueza da natureza humana. Apesar do que, não seria preciso tentar uma associação deste gênero? Para mim, julgo-a um dever imperioso."

"Se se chegasse a concretizar semelhante associação intelectual, ela teria de procurar educar sistematicamente as organizações religiosas no sentido de se baterem contra a guerra. Daria força moral a muitas personalidades cuja boa vontade se vê esterilizada por penosa resignação. Creio enfim que uma associação com tais membros, inspirando imenso respeito bem justificado por suas obras intelectuais, daria precioso apoio moral às forças da Sociedade das Nações que realmente consagram suas atividades ao nobre ideal dessa instituição."

"Submeto-lhe estas idéias, ao senhor mais do que a qualquer outro, porque o senhor é menos vulnerável do que qualquer um às quimeras e seu espírito crítico se baseia em um sentimento muito profundo da responsabilidade."

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sincronicidade

A sincronicidade(1) que culmina num relacionamento não é garantia de algo duradouro ou eterno. É um sinal de que há semelhanças significativas em fatos que ocorreram num curto espaço de tempo e podem ser claramente associados. Para mim, há uma intervenção cósmica que resulta nesses eventos, unindo nossas energias com outras mais sutis e ainda desconhecidas. Mas mesmo com essa espécie de empurrão cósmico, é a razão e o coração que juntos definem nossas escolhas. E quando falamos em escolhas é sempre bom lembrar o outro lado da moeda na frase do filósofo francês Henri Bergson: "Escolher é excluir."

Acredito que todas as pessoas com as quais nos relacionamos entrem em nossas vidas para nos ajudar a despertar nossos potenciais latentes, capacidades que esperam novos estímulos para poderem desabrochar. É evidente que se houver amor e ambas estiverem abertas para um relacionamento, a sincronicidade será a grande facilitadora e deverá ser lembrada de tempos em tempos para que a tolerância preencha os vazios e as diferenças, uma da outra.

Lembro-me de um casal de celebridades que se separou de forma civilizada depois de 15 anos juntos. Um repórter perguntou ao artista porquê eles não eram felizes. Ele respondeu: "E quem disse que não fomos felizes? Foram 15 anos de relacionamento nos quais tivemos muitas alegrias e levarei boas recordações, mas acabou." A resposta parece fria (promocional?) e paradoxal ao conceito que a maioria das pessoas tem sobre o amor. Mas independentemente da sinceridade ou da representação, há algo de muito coerente nessa resposta. Nossas vidas são feitas de encontros e viveres, como bem definiu Victor Hugo com sua visão espiritualista: "A vida não passa de uma oportunidade de encontro; só depois da morte se dá a junção; os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace."

Momentos bons são vividos e também proporcionados. Momentos que podem ser descritos em prosa ou em verso; romance, história, ficção ou realidade, não importa. O que importa é que foram momentos bem vividos.
A lua cheia iluminava a mata como um sol prateado e projetava sombras difusas sobre a terra umedecida pelo orvalho da noite. Estávamos abraçados e mudos na sacada daquele chalé de madeira rústica da pequena pousada encravada na serra. Sabíamos que qualquer palavra, por mais inspirada que fosse, quebraria a magia da noite. Perguntávamos para nós mesmos se tudo aquilo seria fruto do acaso ou da sincronicidade, mas no fundo não queríamos respostas. Nosso lado racional só faria quebrar a perfeição daquele momento.
"Há momentos... e você chega a esses momentos em que, de repente, o tempo pára e acontece a eternidade." (Dostoievski)


(1)Sincronicidade ou "coincidência significativa" como define Carl Jung, é uma sequência de eventos com significados semelhantes que estão ligados, e esta ligação é percebida (insight) durante ou após um desses acontecimentos sequenciais.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Maioridade penal, mas e o resto?

Tenho que concordar quando dizem que brasileiro não é povo de ação, mas só de reação. A gente só reage diante do fato consumado e reações movidas pela comoção não são eficientes. Há quanto tempo menores de idade matam pessoas como se estivessem esmagando baratas? O primeiro caso foi com o jovem Victor Hugo Deppman, de 19 anos?

Como pai e avô, solidarizo-me com a família desse jovem que foi brutal e covardemente assassinado, mesmo tendo entregue seu celular ao menor sem reagir. A dor da perda de um filho é inimaginável, mesmo para quem tem filhos. No entanto, na minha opinião, justifica-se a comoção, mas não a proposta da reação. Se criminosos agem com frieza, a reação deve ser forte, porém de raciocínio pragmático (termo meio redundante, mas proposital).

Tudo bem... é necessária mesmo a redução da maioridade penal. Coerente porque um jovem de 16 anos poder escolher um presidente da república e não ser considerado responsável por seus atos é um paradoxo. Mas será que apenas reduzir a maioridade penal resolve? Onde esses "novos criminosos" ficarão depois de julgados e condenados? A resposta é: logo-logo voltarão às ruas! Certo estava Lao-Tsé quando disse que "quanto maior o número de leis, tanto maior o número de ladrões."

Não, isto não é um problema só do estado: É UM PROBLEMA PRINCIPALMENTE NOSSO. Por que? Porque somos omissos e aceitamos a forma como utilizam nossos impostos. Porque temos uma das maiores cargas tributárias do Planeta - isto se não for a maior - e também o pior retorno em benefícios para a população, sem contar os assaltos diários e desvios do erário, aceitos passivamente por nós.

O governo federal está gastando nada menos que 28 bilhões de reais, só com a Copa do Mundo de 2014. E essa história de que sairia da iniciativa privada foi o maior papo furado. Mais de 90% desse dinheiro está saindo dos cofres públicos, seja de forma direta ou por meio de financiamentos do BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, ou seja, NOSSO DINHEIRO. E sabem o que representa esse valor (e olha que nem estou incluindo as Olimpíadas de 2016)?
  • 700 presídios para 1000 detentos cada, ou
  • 57 mil escolas com postos de saúde, ou
  • 1400 hospitais com UTI
E imagine ainda parte desse valor sendo utilizada para acelerar procedimentos judiciais, num país onde se demora tanto para julgar um processo e que a pena acaba prescrevendo? Isto se chama impunidade técnica e que se soma à impunidade gerada por influências políticas e financeiras. Este são os maiores cânceres do país que incentivam a criminalidade.

Quando falo de presídios, não me refiro a direitos humanos não, embora também seja digno e justo tentar recuperar criminosos, nem que seja um a cada mil. Não adianta apenas punir, mas há de se ter garantia do cumprimento da sentença, e em presídios seguros que também ofereçam um mínimo de dignidade humana para os condenados. O problema está na certeza da impunidade que os delituosos têm. 

Já disse o escritor italiano Carlo Dossi:  "O que é a honestidade senão o medo da prisão?"

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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Uma singela reflexão sobre amizade


As verdadeiras amizades requerem doses muito bem medidas de alguns componentes do caráter. É importante deixar bem claro que ao dizer "verdadeira amizade" refiro-me logicamente às minhas verdades.

Como existem várias definições para o termo caráter, vou adotar o da psicologia que diz ser o conjunto de hábitos, virtudes e vícios. Já a personalidade - não menos complexa - é a forma como organizamos esses três componentes e definimos (consciente ou inconscientemente) nossos padrões de conduta diante de determinadas situações.

Deixando agora esse negócio de teorias de lado e para o qual também não tenho competência, vamos ao que interessa. O que é para mim uma verdadeira amizade?

Que tal começar com a falsa amizade, coisa bem diferente da amizade falsa. A falsa amizade é aquela que imaginamos ser verdadeira, mas não resiste às provas que aparecem pela frente. É a amizade Denorex, a que parece, mas não é. A amizade falsa já está definida como tal desde o início, geralmente provocada pelo interesse de uma das partes. Esta última não é muito difícil de perceber se a outra parte estiver atenta ou já for mais vivida.

E quais seriam essas provas de amizade que mencionei.? Não, não é atirar-se debaixo de um trem ou saltar do 10º andar (ou mesmo do primeiro) de um edifício, nem morrer ou ferir-se gravemente pelo amigo. São provas simples, mas porretas, como por exemplo negar a "amizade" (entre aspas) ou afastar-se da pessoa para ficar bem na fita, seja com o chefe ou com uma pessoa influente. Só nesse tipo de prova, não passarão algumas boas dezenas de "amizades". Excluo os bipolares e esquizofrênicos por serem patologias cerebrais.

Outro tipo de falsa amizade é a situacional, ou seja, a que depende da condição sócio-econômica do "amigo". Se você perceber que tem algumas dessas "amizades" que vão e voltam - tipo bumerangue -, perceba também que ela oscila junto com seu status no trabalho, na politica ou na sociedade.

Enrolei muito mas acabei não dizendo o que é para mim, uma amizade verdadeira. Como é um tema discutido há milênios, muito antes de Tales de Mileto no ocidente e da filosofia oriental hindu ou chinesa, não vou discorrer sobre demonstrações e conceitos, mas escolhi algumas frases de grandes pensadores as quais reconheço como profundas e que representam o meu pensamento. E tirem delas suas conclusões sobre o que eu penso ser amizade verdadeira.

  • "É mais vergonhoso desconfiar-se dos amigos do que ser por eles enganado." (François La Rochefoucauld)
  • "A felicidade de um amigo deleita-nos. Enriquece-nos. Não nos tira nada. Caso a amizade sofra com isso, é porque não existe." (Jean Cocteau)
  • "Todo mundo é capaz de sentir os sofrimentos de um amigo. Ver com agrado os seus êxitos exige uma natureza muito delicada." (Oscar Wilde)
  • "Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade." (Confúcio)
  • "Quando o meu amigo está infeliz, vou ao seu encontro; quando está feliz, espero por ele." (Henri Amiel)
  • "A amizade que acaba nunca principiou." (Públio Siro)
  • "A única amizade que vale é a que nasceu sem razão." (Arthur Schendel)
  • "Não tenhas pressa em fazer novos amigos nem em abandonar aqueles que tens." (Sólon)
  • "Entre amigos as frequentes censuras afastam a amizade." (Confúcio)
  • "A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas." (Francis Bacon)
  • "A amizade é simplesmente a amável concordância em todas as questões da vida." (Marcus Cícero)
  • "A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro." (Platão)
  • "A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor." (Immanuel Kant)
  • "Aceita-me tal como eu sou. Só então poderemos descobrir-nos um ao outro." (Federico Fellini)
  • "Aos que me são queridos, deixo as coisas pequenas. As grandes são para todos." (Rabindranath Tagore)


Tempos modernos


Eu não poderia suportar um trabalho rotineiro e sistemático sem a possibilidade de usar a criatividade, nem que ao menos uma vez ao dia. Sem poder trocar idéias com meus clientes e ser estimulado pelos seus problemas, sem captar a essência das suas expectativas.

A culpa do trabalho teatral não é do ser humano que trabalha, mas dos que o avaliam. O dramaturgo Thomas Bernhard e Sigmund Freud resumem como é e como deveria ser trabalhar:

"A maior parte dos trabalhadores e operários julga hoje que basta vestir o uniforme azul, sem fazer seja o que for e faz do trabalho um teatro. Ostenta seu traje enfaticamente durante todo o dia, correndo com ele sem cessar de um lado para o outro e chegando mesmo muitas vezes a suar, mas esse suor é falso, proveniente de trabalho simulado, não real. Mesmo o povo, há muito tempo, já chegou à conclusão de que o trabalho simulado é mais rentável que o realmente feito, ainda que nem de longe seja mais saudável, pelo contrário, só finge trabalho em vez de efetivamente o executar. Vemos os Estados à beira da ruína. Na verdade, hoje só há no mundo atores que do trabalho fazem teatro... não há trabalhadores. Tudo é fingido como no teatro e nada é realmente feito." (Thomas Bernhard)

"Não posso conceber uma vida sem trabalho verdadeiramente agradável; para mim, viver através da imaginação e trabalhar significam a mesma coisa; nada mais me contenta. Seria a receita da felicidade, se não fosse o pensamento horrível de que a produtividade depende totalmente de uma disposição aleatória; que poderemos empreender no transcorrer do dia ou período em que as ideias se recusam a fluir e as palavras não querem alinhar-se? (...) Todo o trabalho sistemático é incompatível com os meus dons e as minhas tendências. Todos os meus estímulos resultam das impressões que recebo quando estou em contato com os meus doentes." (Sigmund Freud)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Intolerância burra


É muito triste o que está acontecendo hoje no Brasil. Sempre nos declaramos um povo não preconceituoso, mas no fundo todos sabíamos que o preconceito existia, embora velado. Enquanto as minorias permaneciam silenciosas, os tolerantes hipócritas, continuavam falando mil maravilhas deles mesmos e o mundo inteiro acreditando nessa histórica hipocrisia brasileira. O país da miscigenação de povos e religiões era um exemplo para o resto da humanidade. No entanto, bastou que a liberdade de expressão se instalasse depois de tanto tempo de mordaça para que algumas dessas minorias começassem a reivindicar seus direitos e os hipócritas começassem a tirar suas máscaras.

E assim, o Brasil-exemplo começou a mostrar seu verdadeiro lado de Brasil-comum, com um comportamento exatamente igual à maioria humana do planeta Terra. Religião, cor, sexualidade, enfim, passamos a assumir as mesmas intolerâncias raciais que criticávamos na África do Sul; as mesmas religiosas que criticávamos entre católicos e protestantes na Irlanda e entre judeus e muçulmanos no Oriente Médio. E agora chegou a hora e a vez da opção sexual ser debatida pelo maior país cristão do mundo.

Costumo citar frases de grandes humanistas porque todos eles lutaram contra as classes dominantes, não como representantes de ideologias marxistas ou socialistas com aquelas palavras de ordem pasteurizadas, mas sim manifestando sua consciência com exemplos em suas próprias vidas. Gandhi aprendeu muito com o cristianismo, mas manteve-se fiel ao hinduísmo. Uma vez perguntaram-lhe se ele gostaria de ser cristão e  ele respondeu: "Sem dúvida, eu seria cristão se eles o fossem vinte e quatro horas por dia."

Criou-se então agora no Brasil "cristão" a intolerância generalizada, muito mais hipócrita do que aquela que era velada. Começam a aparecer termos nunca vistos como heterofobia, o contraponto da homofobia, apenas para pagar o radicalismo com a mesma moeda. Líderes cristãos moralistas contradizem os preceitos de suas religiões, induzindo seus rebanhos a praticarem o ódio, agredindo seus "semelhantes" e contrapondo-se aos dogmas e as escrituras que as fundamentaram. Criaram o paradoxo do amor condicionado. Como disse o escritor irlandês Jonathan Swift: "Nós temos a religião suficiente para nos odiarmos, mas não a que baste para nos amarmos uns aos outros."

Que cada um seja o que deseja ser e não desafie aquele que não deseja ser o que ele é, contentando-se em ter esse direito reconhecido e não contestado. "Tolerância não significa aceitar o que se tolera", disse também o humanista Mahatma Gandhi. Se as minorias se contentassem apenas com o respeito e o reconhecimento de serem iguais como seres humanos não haveria problema algum. A questão é que, tanto as maiorias quanto as minorias, condicionam esse respeito e reconhecimento à conversão desses não semelhantes, forçando-os a seguir suas convicções.

Acho que o Brasil tem constituição e leis suficientes para proteger e assegurar os direitos das maiorias e minorias. O que precisamos mesmo é de união contra apenas uma minoria realmente privilegiada:  A DOS POLÍTICOS. Precisamos nos unir contra essa roubalheira generalizada que se instalou no país. Não poderá haver justiça enquanto tivermos uma classe política vivendo em um Brasil completamente diferente do nosso, com sistemas especiais de saúde, segurança e educação pagos com o dinheiro das maiorias e minorias desiguais.

Enquanto ficamos com picuinhas, discutindo opção sexual, cores de peles, qual religião representa Deus na Terra e alimentando ódio uns contra os outros, a minoria política privilegiada aplaude e torce para que desviemos deles o foco das nossas atenções. Nosso Brasil está sendo depenado... quase que irreversivelmente depenado. Somos otários úteis para esses políticos maus-carácteres que estão aí, sugando o dinheiro dos nossos impostos e desviando verbas em causa própria, tendo as ideologias de seus partidos como panos de fundo para suas maracutaias.

Somos apenas otários-úteis, conquistados e ridicularizados discretamente no meio podre dessas facções políticas! Já está mais do que comprovado que políticos são corporativistas e quando a causa é própria, esquecem diferenças ideológicas e unem-se para aprovar seus privilégios.

E o pior é vermos esses eleitores fanáticos com bandeiras nas mãos, gritando palavras de ordem ultrapassadas e arrebanhando adeptos para causas que não são e jamais serão suas.

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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Só se ama condicionalmente

Por que a maioria das pessoas só consegue amar um outro ser vivo? Não consegue amar o que faz e não consegue amar a humanidade, a vida e a natureza com a mesma intensidade que consegue amar um outro ser.  O ser humano só consegue amar o que pode ser seu, mesmo que diga para si mesmo e para todos que não quer que seja seu. Ama do seu jeito, mas quer ser amado de um jeito diferente daquele que consegue amar.

Sobre o amor físico, escreveu Fernando Pessoa: "O amor quer a posse, mas não sabe o que é posse. Se eu não sou meu, como serei teu, ou tu, minha? Se não possuo o meu próprio ser, como possuirei um ser alheio? Se sou já diferente daquele de quem sou idêntico, como serei idêntico daquele de quem sou diferente? O amor é um misticismo que quer praticar-se, uma impossibilidade que só é sonhada como devendo ser realizada."

Quem ama liberta, mas só quando sabe que vai voltar.

Na verdade, a gente só ama o que pode voltar.

Mesmo que nunca vá.

terça-feira, 2 de abril de 2013

O problema do Brasil é a matemática


FSP: "O percentual de estudantes com rendimento adequado em matemática na rede pública do país cai ao longo dos anos do ensino fundamental, mostra estudo que comparou a evolução de alunos entre 2007 e 2011. A constatação é de levantamento inédito da ONG Todos pela Educação, que detalha a evolução do rendimento dos alunos de escolas públicas do país na Prova Brasil, exame do governo federal. O percentual de estudantes com rendimento adequado na disciplina de uma turma caiu de 22% no quinto ano, em 2007, para 12%, quando ela chegou ao último, em 2011. Ou seja, 88% deles não sabiam calcular porcentagens ou a área de uma figura plana ou mesmo ler informações em um gráfico de colunas. E levam essa defasagem para os ensinos médio e superior. Em língua portuguesa, o recuo entre as séries foi de 26% para 23%."

Não é novidade nenhuma que os níveis de ensino e aprendizado das escolas públicas caíram. Como poderiam melhorar com professores sendo mal pagos e mal preparados associado à filosofia de aprovação quase que compulsória dos alunos para que a fila ande?

E o pior de tudo é a falta de senso crítico do MEC - Leia-se Ministério da Educação - minimizando a queda e afirmando que as 'perspectivas são positivas'. Dá até para entender essa confusão que o MEC faz entre números negativos e positivos pois, afinal, a administração pública desse sistema de educação que está aí é um reflexo dessa ignorância em matemática. E esse problema com a matemática também acontece com o Ministro Mantega que não vê perigo nos números da inflação e do PIBinho brasileiro.

E coroando toda essa incapacidade de interpretar números, vemos o governo brasileiro contestando a metodologia de cálculo para a definição do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) pelo qual o Brasil se manteve na 85ª posição, atrás do Chile (44ª), Argentina (45ª), Uruguai (48ª), Cuba (51ª), Bahamas (53ª), México (57ª), Panamá (58ª), Antígua e Barbuda (60ª), Trinidad e Tobago (62ª), Costa Rica (69ª), Venezuela (73ª), Jamaica (79ª), Peru (80ª), e Equador (83ª).

Enfim, só o Brasil marcha com o passo certo, ouvindo e acompanhando um ritmo que vêm do além, comandado pelos tambores de Lenin e Mao-Tsé-Tung tocando no inferno, visto que o céu pra eles não existia.

Esse governo "socialista" ou "comunista" - sei lá - do PT e de seus aliados, não entende que essa fórmula ultrapassada de maquiar a verdade só funciona em países onde não há liberdade de expressão e a informação é controlada pelo governo. Sem esses "detalhezinhos", não há como implantar a burrice política de uma forma generalizada, a não ser nos redutos eleitorais servidos pela "fraternidade" do assistencialismo eleitoreiro. E esses estrategistas de meia-tigela têm a pretensão de "emburrecer" os 38% que não consideram o governo Dilma bom ou ótimo, percentual este que representa mais de 70 milhões de brasileiros bem informados e politizados, imunes às mentiras governamentais.

Essa teimosia pretensiosa faz o Brasil ser alvo de manchetes no mundo inteiro, transformando o país do futuro numa grande piada do presente. E para o nosso governo, mais uma vez, o problema não é do Brasil, mas da "má-temática" da imprensa golpista internacional.

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