segunda-feira, 19 de setembro de 2016

STF: CORTE MÁXIMA, VAIDADE MÁXIMA E VELOCIDADE MÍNIMA

Parece que está muito difícil para cair a ficha dos ministros do STF. A preocupação deles está longe de ser com a legalidade das ações do procurador Deltan Dalagnol e do juiz Sérgio Moro, mas sim com a pressão LEGAL e LEGÍTIMA que estão sofrendo por eles. Talvez o título de "Corte Máxima" esteja sendo supervalorizado pelos ministros, imaginando ser o mesmo que PODER MÁXIMO, quando na realidade o termo significa FORO MÁXIMO para apelações. O que vemos é um STF completamente fora de uma realidade democrática (acovardado, segundo Lula) e ainda com vícios que vêm da ditadura. A velha história do "você sabe com quem está falando?". Sim, eu sei... com funcionários públicos, pagos com o suado dinheiro dos nossos impostos. Aliás, muito bem pagos e prestes a receber outro aumento. Um ministro recebe hoje 34 mil de salário mais benefícios como auxílio-moradia, automóvel, despesas com gabinete, auxílio-saúde e por aí vai.

A impressão que dá é de que os ministros estão num beco sem saída e não aceitam serem pressionados pela própria Constituição que juraram defender. Falta-lhes sensibilidade e empatia para entender o que o povo está passando vendo seus impostos serem roubados descaradamente, mas o STF vê esses bandidos como autoridades. Isso pra não dizer que os ministros os veem como benfeitores que os indicaram para seus cargos.

Vemos agora também FHC se borrando e pedindo clemência para Lula, certamente porque Delcídio Amaral disse que sempre houve corrupção na Petrobrás. Tudo bem... o PT sistematizou e abusou, mas a explicação só pode ser essa para um ex-presidente "probo" querer deixar tudo acabar nessa pizza de cardápio seletivo!

Não há alternativa, senhores ministros. A esmagadora maioria da população jamais aceitará críticas ou pressões contra os procuradores, policiais federais e juízes federais. Melhor será saírem de cima do muro darem celeridade aos processos ao invés de tentarem censurar e punir os únicos que hoje estão ao lado da população.

O povo não entende juridiquês. E mesmo que entendesse não aceitaria.

A justiça nasceu do sentimento humano e não da tábua de Moisés.


Leia o texto: DISTORÇÃO DA REALIDADE (Estadão)

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