sábado, 22 de novembro de 2014

Virando a própria mesa, com cadeira e tudo!

O artigo de Ricardo Semler na Folha é no mínimo estranho. Sabemos que ele adora escrever na contra-maré, talvez para fugir do lugar comum e polemizar, como sempre fez. Sabe o que eu acho? Que há um grande contra-senso nesse seu texto que, a princípio, inspira grande lógica e senso de brasilidade para os mais incautos. O ápice do convencimento está nesse trecho de seu artigo na Folha que pretende dar-lhe credibilidade e isenção para o que escreve em seguida:

"Não sendo petista, e sim tucano, com ficha orgulhosamente assinada por Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e FHC, sinto-me à vontade para constatar que essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país."

Está bem Ricardo! Una-se então às centenas de formadores de opinião petistas que também assinaram suas fichas de fundação e saíram do partido como Hélio Bicudo, Sandra Starling, Chico de Oliveira e outros.

E mais adiante, ele chama os brasileiros e brasileiras às suas consciências:

"Mas Dilma agora lidera a todos nós, e preside o país num momento de muito orgulho e esperança. Deixemos de ser hipócritas e reconheçamos que estamos a andar à frente, e velozmente, neste quesito."

No entanto, uma grande incoerência desmonta todos os fundamentos de seu senso de lógico, já logo no primeiro parágrafo quando confessa:
"Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos 70. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos 80, 90 e até recentemente. Em 40 anos de persistentes tentativas, nada feito."

Oras! Foram 40 longos anos guardando esse grande segredo: "Era impossível vender [para a Petrobrás] diretamente sem propina."
Por que então ele ficou quieto durante todo esse tempo? Por que então hoje não ajuda a Polícia Federal a desbaratar as quadrilhas passadas, citando nomes e fatos? Certamente, muitos ainda estão vivos ou ainda lá dentro para serem julgados e cumprirem suas penas. Uma delação premiada?

Vamos lá, Semler... vire a própria mesa! Quem sabe agora, após 40 anos de frustrações, conseguirá vender para a Petrobrás! Quem sabe a SEMCO PARTNERS asfaltará - sem propinas para construtoras - "o caminho preferencial para as empresas multinacionais que desejam ingressar no mercado brasileiro."

Tenho certeza que depois desse seu texto, Dilma e o PT lhes darão uma forcinha!

Clique e leia também: "Semler diz que hoje roubam menos na Petrobras, mas seu atual sócio presidiu a empresa de 1999 a 2001. Ué…"

Texto de Ricardo Semler: "Nunca se roubou tão pouco."

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domingo, 9 de novembro de 2014

CONTITUIÇÃO: "Discordar, sim; divergir, sim; descumprir, JAMAIS! Afrontá-la, NUNCA!"




Em 5 de outubro de 1988, Ulysses Guimarães do PMDB, Presidente da Assembléia Nacional Constituinte, discursava promulgando a nova Constituição. Foram palavras fortes e cheias de emoção, inaugurando a nova fase do Brasil de liberdade e justiça. O mesmo PMDB que liderou a Assembléia Constituinte e construiu a nova Carta Magna, hoje assina embaixo e em branco o processo de sua destruição, apoiando o DESPOTISMO PETISTA DISFARÇADO DE DEMOCRACIA.

Não fosse o PMDB, grande partido do Brasil de outrora e hoje grande apenas em número, não teríamos chegado aonde chegamos, com a política navegando no mar de lama da corrupção e ziguezagueando sobre corpos de cidadãos honestos que nela submergem gritando por socorro, pedindo saúde, segurança e educação minimamente dignas. Cidadãos desesperados em busca da mesma justiça que é oferecida apenas aos poderosos corruptos, que pagam caros advogados com o dinheiro desviado dos impostos.

JÁ PASSOU DA HORA DO PMDB RELEMBRAR DAS PALAVRAS DITAS POR SEU LÍDER ULYSSES GUIMARÃES NA PROMULGAÇÃO DA NOVA CONSTITUIÇÃO:

"Discordar, sim; divergir, sim; descumprir, JAMAIS! Afrontá-la, NUNCA!"

"Traidor da Constituição é traidor da Pátria!"

"Conhecemos o caminho maldito. Rasgaram a Constituição; trancaram as portas do Parlamento; garrotearam a liberdade; mandaram os patriotas para a cadeia, para o exílio e para o cemitério."

 "Temos ódio à ditadura; ódio e nojo. Amaldiçoamos a tirania, onde quer que ela desgrace homens e nações, principalmente na América Latina."

 "Nós, os legisladores, ampliamos os nossos deveres e teremos de honrá-los. A Nação repudia a preguiça, a negligência, a inépcia."

"O povo é o super-legislador, habilitado a rejeitar por referendo os projetos aprovados pelo parlamento. A vida pública brasileira será também fiscalizada pelos cidadãos, do presidente da república ao prefeito, do senador ao vereador."

"A moral é o cerne da Pátria. A corrupção é o cupim da República. República suja pela corrupção impune, tomba nas mãos de demagogos que, a pretexto de salvá-la, a tiranizam."

"Não roubar, não deixar roubar, por na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública."

"A Nação deve mudar. A Nação vai mudar."

"A Constituição pretende ser a voz, a letra, a vontade política da sociedade rumo à mudança."

"Que a promulgação seja nosso grito: – Mudar para vencer!"

"Muda, Brasil!"

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Tirem o bode da sala de imprensa!

BOLIVARIANIZAÇÃO, VENEZUELIZAÇÃO OU CUBANIZAÇÃO?
TIREM O BODE DA SALA DE IMPRENSA!

"Lula e Dilma nunca emularam o chavismo". É a opinião - adivinhem de quem - do correspondente a Folha de S. Paulo em Caracas, ou seja, jornalista que escreve com um bode dentro da sala de imprensa. É óbvio que o Brasil ainda não é uma Venezuela, mas não por falta de vontade do PT e seus comparsas, mas porque sua maioria no Congresso não seria louca de peitar a mudança da Constituição que o Chávez fez (vide recente derrubada do decreto bolivarianista de Dilma). É por isso que nossa constituição - também amparada por algumas cláusulas pétreas - ainda não mudou.

Sobre a economia, o correspondente diz que Lula e Dilma deram continuidade a políticas econômicas dos governos anteriores. O que será que o jornalista chama de "continuidade a políticas econômicas anteriores" quando Lula pega uma dívida (a grosso modo) interna + externa de 600 bilhões (300 externa), passa o governo para Dilma com 1,3 trilhões e em 4 anos ela consegue jogar para 3,5 trilhões (400 bilhões externa, aquela que Lula disse que pagou)? A política econômica no governo FHC foi conservadora e essa que está aí, a  qual nem sei se podemos chamar de política econômica, não tem nada de conservadora. Apenas o sistema de câmbio foi mantido, mas o resto, principalmente no que se refere à filosofia não chega nem perto. Sem contar as constantes maquiagens - e omissão - nos índices econômicos para enganar o povo. Só os mecanismos de controle foram mantidos.

Seria bom se a Folha de S. Paulo trouxesse seu correspondente um pouco pra cá para climatizá-lo. Se mandá-lo pra Cuba, certamente ele achará a Venezuela, Bolívia e Brasil, paraísos da América Latina.

Leia a matéria da Folha: "Venezuelização?": http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/11/1542828-samy-adghirni-venezuelizacao.shtml

Nossa frágil democracia

No país do futebol, contestar o sistema de urnas eletrônicas e reclamar legalmente das eventuais irregularidades dos correios de Minas é não saber perder? Tem a ver com espírito esportivo? Constituição contra processo eleitoral é por acaso algum jogo? Que raio de democracia frágil é esta que não suporta uma contestação permitida por lei?

E hoje o Corregedor-geral da Justiça Eleitoral disse que o pedido do PSDB é incabível e tem potencial para arranhar a imagem do país. A imagem do Brasil nesses últimos doze anos não foi só arranhada como aviltada e quebrada com fratura exposta diante de tantos roubos e absurdos não investigados ou ainda trancados nas gavetas das procuradorias, dos tribunais e da Polícia Federal. Volto a dizer: tudo certo com as urnas e com o sistema? Qual o problema então? O que arranha a imagem do Brasil é o pedido do PSDB ou a negativa do TSE de auditar as possíveis irregularidades? A Constituição não permite?

Se o Brasil não era um país sério, segundo o embaixador brasileiro Carlos Alves de Souza (não foi De Gaulle) em 1962, simplesmente por causa da ridícula Guerra da Lagosta, imagine hoje, 52 anos depois, diante de tanta roubalheira impune patrocinada pelo governo do próprio país?

Às vezes eu fico em dúvida se esses caras REALMENTE não perceberam que não há mais como esconder as vergonhas e desgraças institucionais do Brasil. Se o processo eleitoral correu bem e foi legal, por que esse medo de investigá-lo? O PT certamente recorreria à justiça se a diferença fosse a favor de Aécio. Ah se recorreria! Vocês ainda têm dúvidas disso? E será que o TSE comandado por Toffoli rejeitaria o pedido do partido de seu coração?

Como escreveu Saramago (socialista, por sinal), "O grande problema do nosso sistema democrático é que permite fazer coisas nada democráticas democraticamente."

domingo, 2 de novembro de 2014

Alguns não sabem o que fazem, mas eu e muitos sabemos.

Arrepia-me ver que muitos daqueles que estão a favor desse socialismo bolivariano que o PT está querendo implantar no Brasil junto com a Venezuela, Bolívia, Argentina e Cuba e proposto nesse Foro de São Paulo, não têm a menor ideia do que estão assinando embaixo. Vejo essa juventude (e muitas pessoas maduras) carregando bandeiras vermelhas sem conhecer a história recente do mundo, desejando recriar uma União Soviética Tupiniquim Sul Americana.

Essa senhora que está falando nesse vídeo faz-me lembrar do meu tio que, nos anos 80/90, viajava todos os dias de trem de Campinas para São Paulo e nele havia uma turminha dizendo que o Brasil precisava seguir o exemplo dos governos uni-partidários (nome bonito que dão para DITADURA comunista) da União Soviética, da China, da Alemanha Oriental, Cuba e outros países comunistas. Essa conversa se prolongou por muitas viagens, até que um dia, um idoso visivelmente irritado, levantou-se e disse em alto e bom som:

- Sou polonês e fugi para este país maravilhoso de vocês que hoje também é meu. Deixei parte da minha família na Polônia e sofro até hoje ao vê-los na situação que se encontram lá. Vocês não têm a menor ideia do que estão falando, seus loucos!

Esse senhor continuou seu discurso contando as barbaridades que aconteciam em seu país, enquanto todos o ouviam em silêncio. Quando terminou seu discurso inflamado, dava pra notar sua expressão contrariada e de revolta. Nenhum desses socialistas de meia tigela abriu a boca para contestá-lo.

O que a senhora deste vídeo fala é EXATAMENTE o que esse senhor falava e me fez lembrar do que meu tio contou. É isso que vocês querem par o nosso país? Esse regime de ódio onde alguns políticos movidos por mágoas do passado, escolhidos democraticamente (por enquanto) quer implantar conselhos populares e incita regiões e estados brasileiros uns contra os outros? Onde apenas eles terão privilégios e mordomias em nome de uma ideologia falida? Um governo em que apenas eles e seus conselhos comprados pelos interesses classistas decidirão o que é melhor para nós?

Queria saber qual a diferença entre ser rotulado de escravo de um governo ou de um partido ou ideologia? Pra mim, é tudo a mesma coisa. Como no poema "Invictus" de Ernest Henley, o preferido de Nelson Mandela e que guiou sua vida, com todos os defeitos que ele possa ter tido, prefiro "ser escravo do meu destino e capitão da minha alma."

Esses desinformados da história não sabem o que estão falando e defendendo. Por que não saem daqui e vão morar nesses países onde a implantação do bolivarianismo está mais avançada e nos deixam escolher nosso próprio futuro, por meio da liberdade e da democracia?