sábado, 30 de agosto de 2014

O discurso fala-mansa e a ingenuidade do eleitor

Cada vez que vejo Marina crescer nas pesquisas, mais fico assustado com a ingenuidade e falta de bom senso do brasileiro, mais uma vez caindo na tática do discurso fala-mansa. Não que os discursos dos concorrentes de Marina sejam diferentes, mas acreditar em político que fala o que a gente quer ouvir sem rever seu passado é um erro recorrente que não se admite mais em pleno século da comunicação, de acesso à informação, coisa possível para todos os brasileiros, da classe mais pobre à mais abastada.

Não que Aécio seja o candidato dos meus sonhos - e está longe disso -, mas se olharmos o passado de cada candidato, ele é o que promete errar menos considerando seu governo em Minas Gerais. Esqueçam essa história de aeroporto ou alguma fama que outros lhe imputam sem provas. Pensem que, dadas às circunstâncias em que o país se encontra não podemos errar mais, apostando numa candidata que já teve oportunidade de governar por quatro anos, deixou o país e a economia nesse estado caótico ou numa candidata como Marina Silva que não têm qualquer experiência administrativa e se mostra radical em acordos partidários, atributo este essencial para garantir a governabilidade dentro do nosso sistema político.

O ano de 2015 já será complicadíssimo, independentemente de quem ganhar. Se Marina assumir e -  o que é muito provável - mantiver sua tendência histórica radical de não compor e partir para o confronto ideológico inflexível  (lembrem-se de quando era ministra e abandonou o barco; lembrem-se dos desentendimentos com o PV que provocaram sua desistência; lembrem-se dos acordos que Eduardo Campos demorou anos para costurar e que ela rompeu quando assumiu a candidatura no lugar dele, provocando inclusive a demissão do braço direito de Campos), o Brasil ficará navegando à deriva até que ela aprenda que sem acordos não se governa um país democrático. Além do mais, não estamos em condições de ficar pagando o aprendizado de ninguém, principalmente de ególatras teimosos e sem nenhuma experiência no executivo.

Não precisamos de filósofos, mas sim de um presidente. Alguém que gerencie e administre a nação e não mais um paraquedista ideológico, distante da realidade brasileira. Precisamos de mais pragmatismo e menos filosofia.

Estou cansado de servir de rato de laboratório pra essas ideologias mortas, sistemas que não deram certo em nenhum lugar do mundo. Estou cansado de só depender do meu trabalho e da ajuda de Deus. Entre interceder a cada besteira que fazemos e optar pelo livre arbítrio e pela liberdade de escolha que nos concedeu, Deus certamente optará por deixar o destino correr solto e fortalecer - sem revisões - o projeto que concebeu.

Xô bolivarianismo! Xô corrupção!

Se querem saber mais sobre Marina Silva, leiam "Não confio em Marina Silva nem pra cuidar do meu jardim."