quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

STF e PT: Tudo meticulosamente combinado e calculado

Quando o "arauto da moralidade", ministro Celso de Mello, fez aquele discurso no fim do julgamento do mensalão, muitos caíram nessa, menos eu. Pura hipocrisia e explico depois. Não, não sou um gênio da política, mas apenas tenho o péssimo costume de ler livros e jornais.

Foi uma estratégia descarada realizada pelos "não brasileiros" que foram ardilosamente colocados na Suprema Corte do nosso país como peças de xadrez depois do jogo começado. Assistam primeiro o discurso fantasioso e enganador do ministro Celso de Mello:






E daí? Ficaram sensibilizados com as palavras do "Arauto da Moralidade Constitucional? Agora assistam a esse outro quando ele votou a favor dos embargos infringentes:



Esse último voto do ministro Celso de Mello abriu a porteira da ABSOLVIÇÃO dos réus do mensalão pelo crime de quadrilha. Ele já sabia que a composição do STF seria favorável à absolvição e mesmo assim não seguiu o relator Joaquim Barbosa. Celso de Mello sabia o que aconteceria se os embargos fossem aceitos , pois, com a "oxigenação" (ou seria putrefação?) do STF com os novos ministros escolhidos a dedo pela presidente Dilma, esqueceriam o voto favorável aos embargos e teria como ficar bem na fita se votasse coerentemente com o seu primeiro discurso (outubro de 2012). E assim o fez hoje, dia em que a maioria dos ministros absolveu os réus do crime de formação de quadrilha.

Voltando então a falar sobre o currículo do ministro Celso de Mello no STF e sua mania de sempre querer ficar bem na fita, a resposta está no diálogo do livro do jurista Saulo Ramos (“Código da Vida” da editora Planeta, página 170) e que reproduzo aqui para que todos concluam por si:
Na Consultoria (Saulo foi Consultor Geral da República no governo Sarney) eu contava com a colaboração do secretário-geral, o jovem promotor público de São Paulo, José Celso de Mello Filho, requisitado para prestar serviços à Presidência. Talento inegável. Eis que surgiu mais uma vaga no STF.Sarney já havia nomeado Carlos Madeira, Sepúlveda Pertence e Paulo Brossard. Indiquei Celso de Mello, mas o ministro Oscar Correia queria Carlos Velloso. Eu venci. 
Mais adiante, na página 169/170, Saulo Ramos conta que tão logo Sarney saiu da presidência, decidiu mudar o domicílio eleitoral para o Amapá e o caso foi parar no STF. A Corte estava naquele momento em recesso. Leia o que conta o ex-chefe do ministro Celso de Mello e seu padrinho político na indicação para o Supremo: 
O ministro Celso de Mello, meu ex-secretário na Consultoria Geral da República, me telefonou: 
- O processo do presidente será distribuído amanhã. Em Brasília só estamos eu e o marco Aurélio, primo de Collor. Não sei como ele votará. 
Celso de Mello concordou com a tese de que era indiscutível a matéria de fato, isto é, a transferência do domicílio eleitoral no prazo da lei. Até porque não se pode confundir domicílio civil e domicílio eleitoral. 
 O caso foi distribuído para Marco Aurélio, que liminarmente beneficiou Sarney. No livro, o desfecho é contado deste modo: 
Veio o dia do julgamento do mérito pelo plenário, Sarney ganhou, mas o último a votar foi o ministro Celso de Mello, que votou pela cassação da candidatura do Sarney.
De qualquer modo, Celso de Mello foi voto vencido, mas Saulo Ramos demonstrou perplexidade: 
Ele não teve sequer a gentileza, ou habilidade, de dar-se por impedido. Votou contra o presidente que o nomeara, depois de ter demonstrado grande preocupação com a hipótese de Marco Aurélio ser o relator. 
Apressou-se ele mesmo [o ministro Celso de Mello] a me telefonar, explicando: 
- Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto. 
- Claro ! O que deu em você ? 
- É que a Folha de S. Paulo, na véspera da votação, noticiou que o presidente tinha os votos dos ministros e enumerou vários nomes, inclusive o meu. Quando chegou a minha vez, notei que ele já tinha vencido e votei para desmentir a Folha de S. Paulo. Mas fique tranquilo, poque se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do presidente. 
- Espere um pouco,. Deixe-me ver se compreendi bem. Você votou contra o Sarney porque a Folha noticiou que você votaria a favor ? 
- Sim. 
- E se o Sarney já não houvesse ganhado, quando chegou a sua vez de votar, você, nesse caso, votaria a favor dele  
- Exatamente. O senhor entendeu ? 
- Entendi. Entendi que você é um juiz de merda ! 
Bati o telefone e nunca mais falei com ele. 
Tudo foi meticulosamente calculado para a absolvição dos réus. Rosa Weber e Cármen Lúcia, as ministras vaselinas, medrosas e que têm medo de bandidos, definiram a absolvição. Guardem os nomes desses ministros que fazem parte do SPTF que hoje envergonharam o brasil perante nós e o mundo:

  • Celso de Mello (embargos)
  • Teori Zavascki
  • Rosa Weber
  • Cármen Lúcia
  • Ricardo Lewandowski
  • Dias Toffoli
  • Roberto Barroso

Os senhores e as senhoras não honram a toga que ostentam! O ministro Joaquim Barbosa falou hoje em nome dos brasileiros honestos: "Este é apenas o primeiro passo".

O Brasil está por um fio para ser outra vergonhosa Venezuela.

Vamos às ruas!




segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Black Blocs a serviço de Sua Majestade

Numa investigação criminal, não é necessário pegarmos o assassino com seu revólver ainda saindo fumaça e a vítima estendida no chão para dizermos que ele é culpado. Também não é preciso pegar um político transportando dinheiro na mala ou na cueca para acusá-lo de ladrão. Mesmo que ele tenha fugido da cena do crime, busca-se câmeras próximas, documentos comprometedores, interroga-se testemunhas e cruza-se informações. É assim que uma lógica dispensa o flagrante delito.

No caso dos Black Blocs, quando cruzamos informações vemos uma lógica incontestável que dispensa o flagrante fazendo a seguinte pergunta: a quem interessaria o resfriamento do movimento das ruas de junho?

O grupo Black Bloc é formado por elementos inteligentes que se reúnem em algum lugar, recebem treinamento e programam ações orquestradas. Tem um sistema de informações eficiente que acompanha notícias e sabe quando e aonde ocorrerão manifestações. Seus integrantes têm inteligência suficiente para construir bombas incendiárias e sabem quando lançá-las, muito embora não tenham a intenção de matar pessoas, mas de destruir bancos - que eles chamam de símbolos do capitalismo -, pontos de ônibus, lixeiras e outros bens públicos. Aliás, destruir bens públicos é uma grande incoerência ideológica já que eles são do Estado, pagos com o suor dos nossos impostos.

Perder o controle de seus elementos em meio à multidão é um risco perfeitamente previsível, principalmente se considerarmos a heterogeneidade do povo, mas quando acontecem tragédias e mesmo assim esses grupos radicais continuam insistindo na mesma estratégia, isto significa que o objetivo era bem diferente daquele que apregoavam. A história - tanto a antiga como a contemporânea - registra inúmeros exemplos dos malefícios de uma guerra civil. Os governos aproveitam-se da situação caótica para colocar seus exércitos nas ruas e suspender as garantias constitucionais. Após fazerem isto, duas situações podem ocorrer: 1) O governo se mantém no poder por mais tempo respaldado pelo estado de exceção, ou 2) Um novo governo se estabelece por meio da força e permanece, igualmente ao primeiro, num estado de exceção.

Os mais jovens não passaram por essas situações e não fazem a menor ideia do que isto significa. Por este motivo continuam irracionalmente nessa linha radical, fazendo coisas sem pensar nas consequências. A maioria não percebe que está sendo manipulada e a imprensa chama de movimento acéfalo porque não tem INTERESSE em virtude de outros INTERESSES que tem. Mas quando um de seus empregados é morto, preso ou agredido cobrindo o movimento das ruas, ela se manifesta colocando-se como vítima, mas esquecendo-se de que faz parte desse teatro governamental. Alguns veículos integram-se propositadamente a esse teatro por estarem interessados e comprometidos com as polpudas verbas governamentais e outros por falta de editores e jornalistas com boa qualificação profissional. (Leia neste blog: "O cinegrafista Santiago deve ser respeitado, e não usado.")

Voltando aos Black Blocs após analisados os fatos e a situação, é muito fácil chegar à conclusão de que eles foram e estão sendo manipulados por interesses políticos contrários às manifestações pacíficas que assumiam volume crescente de forma apartidária. Ao contrário do que está acontecendo na Venezuela, Ucrânia e Egito onde os cidadãos protestam de caras-limpas, o movimento Black Bloc brasileiro esconde-se atrás de máscaras e panos negros, diferenciando-se da multidão ordeira. Um movimento pacífico traria resultados REAIS, deixando políticos e o governo apavorados como aconteceu após as manifestações de junho, quando apressaram-se em votar e sancionar projetos de interesse dos cidadãos que se encontravam intencionalmente engavetados. Portanto, conclui-se que os Black Blocs, definitivamente não estão interessados em obter resultados positivos para o povo brasileiro.

As ações violentas dos Black Blocs, além de intimidar o povo apartidário e pacífico das ruas, municiou o governo e os políticos de argumentos que justificam o emprego da força e um eventual estado de exceção, criando leis repressivas e até possibilitando uma futura suspensão dos direitos constitucionais que hoje garantem a livre expressão e o direito de fazermos passeatas e greves. E tudo isso por uns míseros R$ 150,00. É quanto eles acham que vale uma dignidade de cidadão. É só ler a história de como surgiram os verdadeiros Black Blocs que vocês entenderão o quanto esse movimento tupiniquim brasileiro é falso (Black Blocs - Wikipedia)

Em resumo, os Black Blocs representam interesses dessa nojenta esquerda radical que esses criminosos estão tentando implantar no Brasil, acobertados pelo paradoxo da igualdade sugerido nessa proposta absurda e retrógrada do sistema bolivariano, sistema este inspirado num modelo morto e já enterrado que se chama comunismo.

Parabéns, Black Blocs! Vocês serão lembrados como o maior câncer, o maior engano da história do Brasil.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Os burros, os inteligentes e os otários úteis

É muito simplista o conceito de que o eleitor merece o governo que tem. Pobres desinformados são facilmente manipulados por promessas de um país melhor. É só notar que no mundo inteiro situações como a dos brasileiros se repetem. Venezuela, Bolívia, Cuba, Argentina, Egito, Ucrânia... enfim, exemplos não faltam.

É muito fácil para nós que temos uma condição razoável de vida chamarmos as pessoas que passam por necessidades de burros, mal informados e manipuláveis. É muito fácil culparmos o Bolsa Família e o populismo governamental pela situação descontrolada e caótica imposta por esses ditadores ou candidatos a ditadores que conquistaram o poder e pretendem se eternizar nele, aproveitando-se das brechas de uma constituição democrática.

O que não se admite é pessoas que têm condição de vida e inteligência suficientes para não serem manipuladas continuarem cegas na defesa de maus governantes e ideologias mortas com tantos exemplos semelhantes no mundo inteiro. São 50 milhões de brasileiros beneficiados pelo Bolsa Família, mas somos quase 170 milhões de eleitores no Brasil. Mesmo considerando os que se beneficiam direta ou indiretamente de um governo corrupto e os miseráveis que não recebem nada, chegaremos facilmente a 70 milhões de brasileiros bem informados.

Não se justifica dizer que não temos opções de candidatos e por isso escolhemos deixar o pior, pois, não fazemos o mesmo em nossas vidas pessoais. Quando enfrentamos problemas e temos poucas escolhas para o nosso bem e de nossa família, o que fazemos? Deixamos as coisas como estão e continuamos caminhando cegamente em direção ao abismo ou escolhemos algo menos pior?

Não... a culpa não é do Bolsa Família, do populismo e das benesses governamentais. A culpa é dos que se consideram bem informados! O pior burro é aquele que se imagina inteligente e não os pobres, os miseráveis ou os analfabetos funcionais. Não há diferença entre um idiota manipulado e um "inteligente" omisso. Existem otários úteis pra todos os gostos.

Você cidadão bem informado, seja de qualquer partido ou de nenhum, é responsável pelo destino de seu país. É você que está matando milhões de idosos e crianças nas filas e no chão dos hospitais todos os dias. Deixando milhões de brasileiros nas mãos de bandidos e assassinos todos os dias nas ruas. Deixando inescrupulosos comandando seu país. Como escreveu Dostoievski "Todos somos responsáveis de tudo, perante todos"

Já passamos da hora de nos envergonharmos!

"Deus não é culpado. A culpa é de quem escolhe." (Platão)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O cinegrafista Santiago deve ser respeitado, e não usado.

Há duas frases de Mahatma Gandhi que falam sobre a violência:
"Eu sou contra a violência porque parece fazer bem, mas o bem só é temporário; o mal que faz é que é permanente." 
"Quando não se possa escolher senão entre a covardia e a violência, aconselharei a violência."
As duas frases aparentemente antagônicas se completam e eu explico. A violência pode aparentemente resolver um problema imediato, mas quase sempre as sequelas não justificam a conquista. No entanto, caso todas as tentativas pacíficas tenham fracassado e a injustiça continue fazendo vítimas, ao invés de nos acovardarmos e nos submetermos ao jugo de carrascos, é preferível reagir.

No caso do Brasil estamos ainda muito longe de uma situação que justifique o emprego da violência. O movimento pacífico de junho mostrou que podemos dar nossos recados aos aproveitadores que normalmente se deliciam com a nossa aparente passividade. Ficaram assustados e correram pra todos os lados, votando projetos de lei parados e criando outros visando sossegar o gigante.

Acontece que o movimento foi reprimido e essa repressão não veio da polícia, mas sim dos manifestantes baderneiros, black blocs, traficantes e bandidos comuns infiltrados. Afirmar que as ações desses maus elementos foi orquestrada pelo governo ou partidos é inferir, mas nós, seres pensantes, podemos muito bem fazer uma pergunta para tentar descobrir: "A quem interessaria o fim desse movimento pacífico, transformando o justo em injusto?" Não que os interessados desejassem bancos e bens públicos quebrados ou mortes de inocentes, pois, diante da violência excessiva perdem até os que têm razão, ou: "O feitiço vira contra o feiticeiro."

O problema é que os violentos não têm limites e é impossível deter uma corrente raivosa. São pessoas - se é que as posso chamá-las assim - que esmagam seres humanos como nós esmagamos baratas. Uma vida a mais ou uma a menos não faz diferença e a causa pode ser qualquer uma ou a falta de uma. É como o bandido que mata sua vítima indefesa porque ela tem, não tem ou deveria ter mais dinheiro. Como aconteceu com meu amigo Flávio que ontem em São Paulo foi assaltado e o ladrão após levar seu relógio e dinheiro sem nenhuma reação, deu uma coronhada em seu rosto fazendo-o ajoelhar-se de dor no chão e em seguida disse: "Seu velho filho da puta, só não mato você porque não quero gastar bala."

Já na morte estúpida do cinegrafista Santiago, o Ministro da (in)Justiça disse que será criada lei para de proteção a jornalistas, além de que o Congresso vai votar a lei que trata de definições e punições para o terrorismo. Solidarizo-me com a família de Santiago, mas também com a da menina Ana Clara Santos Sousa de 6 anos que morreu queimada num ataque a um ônibus em São Luís, ou a outra de cinco anos que foi baleada e morta num ponto de ônibus em Mogi das Cruzes que ia com os pais entregar uma carta ao Papai Noel em uma agência dos Correios.

Não precisamos de leis específicas para proteger jornalistas ou nos protegerem dos terroristas. Precisamos de HOMENS E MULHERES de bem. "O Brasil das 181 mil leis: em um dos mais anacrônicos regimes legais do mundo, o País bate recorde de leis, muitas das quais obsoletas" (Rudolfo Lago - Revista Isto É).

O problema do Brasil é a IMPUNIDADE porque leis não faltam. Falta vergonha na cara dos nossos governantes, do Congresso e do judiciário. Se matarem um advogado, farão leis específicas para punir assassinos de advogados? De delegados? De juízes? De engenheiros? De executivos de multinacionais? De políticos? E as leis "NORMAIS" do Código Penal ficariam para os pobres ou para os que não têm formação? Para o povão? Para as crianças queimadas e baleadas? Para os que não podem pagar um bom advogado?

O recado também é para a imprensa que, embora vítima nesse caso do cinegrafista Santiago, tem lá suas culpas e também precisa refletir. A forma como alguns veículos se vendem para as polpudas verbas governamentais e se omitem de sua missão social, contribuiu muito para a situação em que chegamos neste país candidato ao nojento regime comuno-bolivariano. É visível a parcialidade de certos veículos de comunicação e omitir informação é também ser parcial. Como escreveu o Dr. Dráuzio Varella na folha de São Paulo há 5 anos:
"Na política, chegamos a níveis de imoralidade assumida incompatível com princípios éticos. NOS QUASE dez anos desta coluna, leitor, nunca escrevi sobre política. Adotei essa conduta por reconhecer que há profissionais mais preparados para fazê-lo e por considerar que médicos envolvidos em educação na área de saúde pública devem ficar distantes das paixões partidárias. No entanto, os últimos acontecimentos de Brasília foram tão desconcertantes e chocaram a nação de tal forma, que ignorá-los seria omissão. No trato da administração pública, chegamos a níveis de desfaçatez e de imoralidade assumida incompatíveis com os princípios éticos mais elementares."
Que a imprensa agora não se faça de vítima como realmente foi o cinegrafista Santiago. Como escreveu Dostoievski, "Todos somos responsáveis de tudo, perante todos."

Já estamos aprendendo a separar o joio do trigo!