domingo, 5 de janeiro de 2014

A Copa de 2014 e a Republiqueta das Bananas

No total, segundo os dados oficiais do Ministério do Esporte, as obras para o Mundial custarão um total de R$ 25,57 bilhões (sendo R$ 21,8 bilhões vindos do governo federal e dos governos locais e R$ 3,7 bilhões da iniciativa privada), com o teto delas chegando a R$ 33 bilhões. Alguém tem dúvida de que o valor chegará a 33 ou mais bilhões?

Desde o início tentaram convencer o povo prasileiro de que a iniciativa privada bancaria boa parte dos investimentos, mas na realidade representará pouco mais 11% do total. BNDES, Bancos estatais e os estados brasileiros são os grandes financiadores desse projeto irresponsável, populista eleitoreiro e megalomaníaco que não se pagará nem em duas gerações. Ou seja, dinheiro dos nossos impostos.

A desculpa de que esse número estratosférico inclui investimentos em mobilidade urbana não justifica, pois, está concentrado em aeroportos e áreas de acesso aos estádios e a pergunta é: após 2014, quantos brasileiros serão beneficiados com essas melhorias, incluindo as dos estádios construídos e reformados, verdadeiros elefantes brancos com bilhões de reais enterrados em concreto?

Quantas escolas, hospitais e investimentos em segurança deixaram de ser feitos para este evento POPULISTA e fora de propósito como o da Copa de 2014? Isto sem contar os superfaturamentos nas contruções dos estádios e obras de infraestrutura, sempre nas mãos das já manjadas construtoras brasileiras que ganham licitações -- isto quando elas existem -- e depois as fatiam em pequenos projetos e subcontratam outras menores. Assim como em outras obras brasileiras e internacionais, essas construtoras não passam de agiotas da construção.

"Quase dois anos depois da Copa da África do Sul, cinco dos dez estádios construídos para a competição são hoje mantidos integralmente graças ao dinheiro público, não conseguem atrair eventos suficientes nem sequer para cobrir seus custos de manutenção e já se calcula que, em alguns casos, custaria menos demoli-los do que pagar por sua manutenção na próxima década." (fonte OESP)

Num cálculo rápido apenas para dar uma ideia de valores, com esses 33 bilhões que serão queimados num evento de 30 dias com retorno duvidoso seria possível construir:

  • 66 mil escolas com postos de saúde ou
  • 1100 hospitais com UTI ou
  • 1300 presídios ou
  • 1 milhão de casas populares

Tratam-se apenas de exemplos para que a gente tenha uma ideia de valores, pois, o que essa dinheirama representa é coisa que nem cabe em nossas cabeças.

Enfim, enquanto os brasileiros continuam alheios aos crimes que cometem com o suado dinheiro dos nossos impostos, políticos como Lula, Dilma e o PT, chancelados pelo partido meretriz PMDB, vão enterrando nosso país e tirando todas as chances de nos tornarmos uma nova potência mundial. Escolheram sermos uma Cuba, Venezuela ou Bolívia e dispensaram a chance de nos transformarmos numa Alemanha ou num EUA.

Mas eles, os membros do Politburo Bolivariano Brasileiro, a oligarquia política da República das Bananas, continuarão enchendo seus cofres e vivendo nas suas Alemanhas e EUAs particulares, com salários e benefícios de 150 milhões por mês e tratando-se no Sírio Libanês.

Pra eles, tudo e mais um pouco! Pra nós, impostos, SUS e mais nada.


ALGUNS DESVIOS  IRRESPONSABILIDADES DAS VERBAS DA COPA (UOL)
  • Em 2013, o Brasil viu os estádios ficarem mais caros e o gasto do poder público com as arenas ultrapassar o investimento em obras de mobilidade. Os escândalos que envolvem o dinheiro público na Copa passam por suspeita de ligação de obra com cartel, abandono de cronogramas, isenções fiscais bilionárias;
  • Às vésperas da Copa das Confederações, as arenas foram ficando mais caras. O Maracanã atingiu R$ 1,23 bilhão; o Mané Garrincha, R$ 1,56 bilhão. Em novembro, relatório mostrou que, ao todo, o custo dos estádios subiu R$ 1 bilhão e superou todo o investimentos em obras de mobilidade. Valor: R$ 8 bilhões é o gasto total com as novas arenas;
  • Sete meses após ser inaugurado, o Estádio Nacional Mané Garrincha apresentou goteiras em praticamente todo o anel inferior da arquibancada coberta no jogo entre Brasil e Chile pelo Torneio Internacional de Futebol Feminino. Reportagem do UOL Esporte mostrou, em dezembro, que funcionários usavam rodos e placas de piso molhado. Valor: O estádio custou R$ 1,5 bilhão - R$ 209 milhões só na cobertura;
  • Interceptações telefônicas reveladas pelo UOL Esporte em setembro apontam que o cartel de empresas que teria direcionado concorrências públicas e pago propinas para vencer licitações de trens e metrô em São Paulo agiu também para influir no resultado e no preço da licitação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Cuiabá, concluída em maio do ano passado. Valor: R$ 1,47 bilhão é o preço do VLT de Cuiabá;
  • Em novembro, o governo federal revisou a Matriz de Responsabilidades, documento que estabelece os compromissos das três esferas do poder público com obras que devem ficar prontas até junho de 2014. Cerca de 20% dos compromissos já foram abandonados. Na última revisão, 14 obras saíram da lista, como o BRT de Porto Alegre. Valor: R$ 1,2 bilhão é o custo das obras que saíram da Matriz;
  • Após os protestos de junho, o uso de dinheiro público na organização da Copa ficou em evidência. Reportagem publicada em junho mostra que a União está investindo R$ 1,1 bilhão nas arenas, contrariando discurso da presidente Dilma Rousseff. Ela disse que não haveria dinheiro público nos estádios. Valor: R$ 1,1 bilhão é o investimento federal nos estádios;
  • Em janeiro, o UOL Esporte mostrou que quem for contratado para prestar serviço durante a Copa do Mundo terá que pagar parte do imposto que caberia à Fifa e suas parceiras. A Fifa foi liberada da cobrança dos tributos pela Lei Geral da Copa. Especialistas calculam que o governo vai perder R$ 1 bilhão com as isenções. Valor: o Brasil deixará de arrecadar R$ 1 bilhão;
  • À beira da falência e devendo R$ 543 milhões, a Santa Bárbara Engenharia abandonou o consórcio que está construindo a Arena Pantanal, em Cuiabá, em março. A saída da empresa gerou especulações sobre o futuro da obra, que foi assumida pela construtora Mendes Júnior. Valor: a Arena Pantanal custa R$ 525 milhões;
  • A instalação de cadeiras na Arena Pantanal ficou suspensa por quase três meses depois que reportagem do UOL Esporte mostrou que a empresa contratada para fazer a instalação cobrava um preço muito mais alto por cada assento do que a mesma companhia cobrou em outras arenas. Em setembro, o Ministério Público entrou com ação por suspeita de superfaturamento. Em outubro, o governo fez acordo para ter os assentos por um valor mais baixo. Valor: R$ 18,2 milhões é o valor do contrato para instalação das cadeiras;
  • O governo do Distrito Federal gastou R$ 2,8 milhões para distribuir mil ingressos para uma lista de VIPs para a partida entre Brasil e Japão na Copa das Confederações, em junho. A lista do governador Agnelo Queiroz incluía políticos, atletas e personalidades do Distrito Federal. Após reportagens do UOL Esporte, o Ministério Público abriu investigação. Valor: R$ 2,8 milhões foram gastos com a lista VIP;
  • A Secretaria da Copa do Distrito Federal criou um projeto social para fabricar uniformes escolares. Em fevereiro, o UOL Esporte mostrou que o trabalho não seria remunerado. No dia seguinte, o governo voltou atrás e explicou que pagaria R$ 2.000. Em dezembro, nova reportagem mostrou que o pagamento era de R$ 1.000. Por fim, o governo decidiu fazer uniformes com o desenho do Estádio Nacional Mané Garrincha Valor: O custo dos uniformes não foi revelado.