quinta-feira, 14 de março de 2013

O Apanhador no Campo de Centeio

"Descobrirás que não és a primeira pessoa a quem o comportamento humano alguma vez perturbou, assustou ou mesmo enojou. Não estás de modo nenhum sozinho nesse ponto, e isso deve servir-te de incitamento e de estímulo. Muitos, muitos homens se sentiram tão perturbados, moralmente e espiritualmente, como tu estás agora. Felizmente, alguns deles deixaram memórias dessa perturbação. Hás-de aprender com eles... se quiseres aprender. Tal como um dia, se tiveres alguma coisa para dar, alguém há-de aprender contigo. É um belo tratado de reciprocidade. E isto não é instrução. É história. É poesia." (Jerome David Salinger em "O Apanhador no Campo de Centeio")

Só poderemos deixar algo para alguém ou para o mundo se abrimos nossas almas. Quem ler, não agirá necessariamente da mesma forma que aquele que deixou seu legado, em prosa ou poesia, não importa. Já disse o poeta Carlos Drummond de Andrade que "ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar." E todas as vidas também são ímpares.

Quem escreve entende; quem lê com humildade e isenção, aprende. Seja com os erros ou com os acertos, não importa... o que importa é o coração aberto. Haverá um momento na vida em que o coração não poderá mais abrir, e se abrir faltará tempo para escrever ou para aprender.


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