sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

De bobo, Joaquim Barbosa não tem nada.

Embora alguns mais radicais tenham ficado raivosos com a decisão do ministro Joaquim Barbosa de não decretar a prisão dos condenados no mensalão, de medroso ou bobo ele não tem nada. Tem gente dizendo que ele foi ameaçado de morte e um monte de outras besteiras, mas em minha opinião tudo não passa de devaneios. Se o ministro fosse na do Gurgel poderia incorrer num erro que os advogados e os partidos envolvidos esperavam ansiosos. Para os partidos políticos o de criar mártires em pleno período natalino, explorando as famílias dos condenados e os transformando em vítimas. Para os advogados um belo motivo para recursos protelatórios, pois, o próprio Joaquim Barbosa em sua decisão aponta a fragilidade da decisão de deferir o pedido de prisão feito pelo Ministério Público. Os réus seriam soltos quase que em seguida.

Excluindo-se a fragilidade jurídica de uma decisão como esta, há também um lado que, mesmo não sendo relevante porque a decisão foi - e deve mesmo ser - técnica e não política, traria como efeitos colaterais a indisposição de Joaquim Barbosa com seus pares e certa "comoção localizada", alimentando a chama da absurda tese de "Tribunal de Exceção" 

Sobre o presidente do STF estar com medo de ameaças, já o estaria muito antes dessa decisão que representa uma parte insignificante em relação ao processo como um todo. Barbosa já cansou de demonstrar que é "macho" e que não se intimida com ameaças ou indisposições, seja da Presidente (com E* leia neste blog) da República e de seu partido, ou alguns de seus pares tendenciosos.

Como eu disse, de bobo Joaquim Barbosa não tem nada. Além do mais, quem garante que mesmo em recesso ele não consultou todos os ministros e "conselheiros" que já estão gozando sua aposentadoria?

Não basta ser ministro do supremo... tem que pensar!

*Anexo: Decisão de Barbosa na íntegra (O Globo)


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