sábado, 28 de abril de 2012

Equação: Rio + 20 e menos alguns

Revista Veja: "Para o embaixador André Aranha Corrêa do Lago, negociador chefe do Brasil na Rio+20, a reeleição de Barack Obama nos Estados Unidos é mais importante para o sucesso da conferência do que a presença do presidente norte-americano no Rio entre os dias 20 e 22 de junho."

Obama não vem para a Rio+20, mas esta decisão não foi tomada para que ele se dedique mais à campanha presidencial e sim para não assumir compromissos que seriam impopulares entre os eleitores americanos. Os EUA estão entre os maiores poluidores do planeta e assumir metas para reduzir a emissão de gases poluentes significa colocar o pé no freio na produção industrial e, consequentemente, nos mercados interno e exportador.

E como não poderia deixar de ser, o primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron, também já declarou que não virá. Lógico... os "monkeyzitos", além de serem os maiores puxa-sacos dos americanos - mais por uma questão de conveniência político-econômica do que outra coisa - são exclusivistas e vaidosos. Tanto que se excluíram do processo de ajuda financeira na recente crise do Euro (Grécia).

Na minha opinião, eles só têm a perder, pois, serão mais de 100 países participantes, entre eles Alemanha, França, Canadá, Austrália, Japão, Indonésia e Rússia que formarão um bloco após o evento. É óbvio que Rússia, China e Alemanha tendem a defender os seus interesses e também não assumirão compromissos recessivos, porém, tomaram uma decisão política correta em participar com seus representantes máximos.

Sabemos que estão incluindo pautas econômicas relacionadas à crise do Euro e desfigurando um pouco os objetivos reais do evento ("Economia Verde", "Combate à Pobreza" e "Crescimento, Desenvolvimento Sustentável e os Limites do Planeta"), mas participar sem seus representantes-chaves é dar um tiro no pé. Os EUA e o Reino Unido já não estão com a bola toda como estavam no passado em termos de credibilidade política. Ao contrário, há uma forte tendência no mundo, principalmente dos países em desenvolvimento (BRICS), de unirem-se contra esse centenário domínio político-econômico anglo-saxônico no planeta.

De qualquer forma, mesmo não resolvendo muita coisa em termos políticos e práticos, a Rio + 20 chamará atenção do mundo para este processo acelerado de destruição da Terra. Não existe poder e dinheiro sem apoio e participação do povo e quando os poderosos perceberem que não estão mais conseguindo convencer o resto da humanidade, já será tarde demais para eles mesmos e para o Planeta.

Como dizem os filósofos, a inteligência pode ser medida, mas a burrice é incomensurável. Onde esses idiotas discursarão, ganharão e gastarão seu rico dinheirinho? Em Marte?


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