sexta-feira, 10 de junho de 2011

Desfazer nós, maus costumes e ranços

Dilma assumiu um pepino maior do que Serra assumiria se tivesse ganhado. Lula vendeu tudo e mais a alma para o Congresso, deixando os políticos da base de apoio mal acostumados e, mesmo com maioria inferior à atual, conseguiu efetividade e cumplicidade absurdas da chamada base governista. Nem vou falar de mensalão, pois, nem sempre o dinheiro é representado pelo "salário extra", mas também por favorecimentos, cargos e outras moedas tão interessantes quanto o vil metal em espécie tilintando nos bolsos.

Para entender o que estou tentando dizer, é necessário se desfazer de preconceitos partidários (pelo menos tente), pois, toda aversão implica na redução da capacidade de ver, pensar e raciocinar. Mesmo que seu candidado (ou candidata) tenha perdido, não compensa esperar quatro longos anos para tentar ser feliz, pois, afinal, não vamos esperar esses quatro anos morando na Suécia.

Por mais defeitos de fabricação política que a Dilma tenha, ela está tentando desfazer nós, maus costumes e ranços e nem quero discutir se é uma questão de caráter ou estilo, mas de certa forma vai ao encontro de parte dos nossos desejos e temos de torcer para que todos esses costumes perniciosos implantados por Lula, fundamentalistas retrógrados do PT e interesseiros do PMDB sejam desfeitos. Não interessa a ninguém consciente ver tudo explodir por uma questão ideológica ou pra justificar a famosa pergunta: "Não falei?"

Se Dilma não der certo, não será fácil. pensem nas consequências CONSTITUCIONAIS, pois, afinal, não vivemos num regime anárquico e chega de golpes, independentemente das causas que os "justifiquem". Temos que pensar a longo prazo e com o pensamento estruturado para um país melhor. Imediatismo é coisa pra satisfazer ego.

E os egos são todos iguais, sejam eles de direita ou de esquerda.

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